Abertos os envelopes da licitação, a melhor proposta para a construção do monotrilho em São Paulo, que deverá ir da estação Vila Prudente até Cidade Tiradentes (zona leste), foi do consórcio Queiroz Galvão/OAS/Bombardier, que apresentou um preço 43% superior ao teto estipulado pelo Metrô.
O consórcio pediu pela obra R$ 2,99 bilhões – o teto fixado pelo Metrô era de R$ 2,09 bilhões. Apesar da abertura dos envelopes, o governo informou que ainda não endossou o resultado e que deverá chamar o consórcio para discutir valores.
Por meio da sua assessoria de imprensa, o Metrô informou que “recebeu as propostas para a extensão da linha 2-verde e que elas estão sendo analisadas. Somente ao final desta etapa, o Metrô se pronunciará”.
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Ontem, conforme a Folha revelou, o Metrô rejeitou as propostas abertas para o lote 2 da linha 5-lilás por considerar o preço alto demais. Naquele caso, o ágio foi de cerca de 30%.
Já no processo para construção do monotrilho, o outro consórcio concorrente, formado pela Andrade Gutierrez/ Scomi, havia apresentado preço muito maior: R$ 4,98 bilhões, ou 138,2% acima do teto.
O projeto do monotrilho é polêmico desde o início. A previsão original era que o trecho fosse coberto com estações de metrô. Em 2009, no entanto, surgiu na Secretaria de Estado dos Transportes um novo projeto, que substituía as estações tradicionais de metrô por um sistema chamado “monorail” (monotrilho), no qual veículo circula sobre um único trilho.
Alguns estudiosos -inclusive técnicos do Metrô- acreditam que o sistema “monorail” não tem capacidade para suprir a demanda e que, embora mais caro, o mais lógico e eficiente seria o prolongamento de uma linha de metrô comum.
O trecho 1 vai da estação Vila Prudente até a estação Oratório, num total de 2,8 km. O trecho 2 vai da Oratório até a estação São Mateus e compreende 10,5 km. O trecho final liga São Mateus até a estação Hospital Cidade Tiradentes (são 11 km).
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