A Suzano Papel e Celulose deu entrada na Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) ao processo de solicitação da Licença Prévia de instalação de uma fábrica de celulose e papel na região de Imperatriz. Essa planta, cujos investimentos devem chegar a US$ 3,65 bilhões, deverá ser responsável pela produção de 1,5 milhão de toneladas de celulose por ano.
A solicitação foi encaminhada à Sema no dia 7 deste mês, com o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (Rima) do empreendimento. Pelas informações do EIA/Rima, a fábrica será localizada a 20 km da sede de Imperatriz. Duas fazendas já foram adquiridas pelo grupo para a instalação da fábrica. Outras, no entorno, deverão ser desapropriadas.
De acordo com o superintendente de Fiscalização e Defesa dos Recursos Naturais da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, José Jânio de Castro Lima, a expectativa é de que a Licença Prévia de instalação seja concedida até o dia 7 de agosto. “Eles apresentaram o EIA/Rima e nós estamos compondo a nossa equipe. Uma equipe multidisciplinar com cinco técnicos, sendo que esse grupo já visitou as instalações da Suzano em Mucuri, no interior da Bahia, então isso já vai dar suporte à análise do estudo”, declarou Jânio de Castro Lima.
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A segunda fase de licenciamento ambiental para o início das obras da fábrica da Suzano é a Licença de Instalação (LI) que, conforme informações da Sema, pode ser expedida até o fim deste ano. Com a liberação da Licença de Instalação, as obras devem começar em janeiro de 2011, conforme o cronograma prévio de implantação da unidade no Maranhão. “Neste momento, a Suzano não precisará realocar ninguém porque eles compraram uma área maior que a necessária”, ressaltou Lima.
A unidade da Suzano no Maranhão, além de produzir papel e celulose, deverá abrigar uma microunidade de geração de energia, com capacidade produtiva de 110 MW. De acordo com dados da Suzano, deverão ser gerados aproximadamente 15 mil empregos diretos e indiretos. Somente na fase de construção da fábrica, que deve durar dois anos, serão gerados de 7 mil a 8 mil empregos. Ao final, serão 4.600 empregos diretos na área florestal e 1.250 na industrial.
A escolha da cidade de Imperatriz, conforme informações da Suzano, possibilitará utilizar a Estrada de Ferro Carajás (EFC) para escoar a produção em direção ao Porto do Itaqui. Eles também pretendem utilizar a EFC como eixo logístico também para exportar celulose de sua fábrica no Piauí.
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