A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) implantou nesta terça-feira detectores de metal em seis estações. Usuários que embarcaram nas paradas Brás, Luz e Santo Amaro, na capital, e Barueri, Mauá e Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, passaram por portais que detectam objetos metálicos nas roupas, acessórios e sacolas antes de atravessar a catraca.
São 24 portais móveis e 60 detectores de mão que serão itinerantes. Vão mudar de endereço com frequência e não haverá divulgação antecipada dos locais onde serão montados. Para também auxiliar na segurança a CPTM comprou oito Segways – tipo de patinete movido à bateria. O custo total do investimento, segundo a CPTM, foi de R$ 254 mil.
Na estação Brás, na zona leste, foram instalados quatro portais entre 9h e 15h. Eles ficavam cerca de 5 metros antes dos bloqueios de acesso às plataformas. Ao detectar itens metálicos, painéis luminosos nas laterais do portais acendiam. Em seguida, a revista era feita por agentes de segurança da CPTM com detectores de mão, incluindo abertura de sacolas e bolsas. Só em caso de não ser encontrados objetos que poderiam causar risco aos usuários o passageiro podia embarcar.
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O gerente de segurança da CPTM, Iran Figueiredo Leão, explica que a implantação desses detectores irá garantir a segurança das cerca de 2,2 milhões de pessoas que passam diariamente pelas 89 estações. “Poderemos impedir que pessoas portando armas de fogo ou brancas (como facas, etc) para fins de agressão entrem nas estações”, diz.
A novidade causou polêmica entre os passageiros. “O agente de segurança foi bem educado ao me revistar. É bom porque é mais segurança para quem anda de trem. O ruim vai ser em horário de pico. Se essa luz começar a acender, ninguém entra”, comenta o impressor Valdir de Barros, de 36 anos. “É desnecessário e abusivo. Se eu tiver comprado um ferro de passar e acender a luz, vou ter de ficar abrindo meus pacotes? Além disso, tem de estar em todas as estações”, afirma a assistente administrativa Angélica Arruda de Oliveira de 21 anos.
O uso dos equipamentos pode variar de acordo com eventos ou situações que precisem de mais atenção, como nas estações próximas a estádios de futebol em dias de jogo envolvendo grande rivalidade entre as equipes.
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