Hitachi reduz linhas de negócios

A Hitachi é símbolo do Japão empresarial há muito tempo. Nos anos 80, parecia preparada para dominar os setores de semicondutores e eletrônicos, tendo ajudado a construir o sistema de trem-bala do país, o Shinkansen, e se consolidado como uma das maiores empresas japonesas, com vendas de 10 trilhões de ienes (US$ 109,86 bilhões) e um quadro de 360 mil funcionários.


Nos últimos anos, no entanto, a Hitachi também passou a ser símbolo de fracasso do Japão empresarial. Foi criticada pela falta de foco – a Hitachi fabrica desde televisores até estações de energia nuclear – e pela ausência de lucros, tendo acumulado prejuízo líquido superior a 1 trilhão de ienes nos últimos dez anos.


No entanto, a indicação do dinâmico e extrovertido Hiroaki Nakanishi, como presidente da empresa, em abril, é sinal de que a Hitachi está mudando.


Para um chefe japonês, Nakanishi é extraordinariamente franco sobre o que saiu errado com a Hitachi, mesmo se isso implicar em críticas à administração passada.


“Especialmente no setor eletrônico, nós nos expandimos demais”, afirmou. “Em negócios, nos quais o modelo muda rapidamente, nossas decisões administrativas não se adequaram.”


O presidente da empresa exemplificou com o modelo das operações de semicondutores da Hitachi, que incluíam quase tudo, desde o projeto até a fabricação, mesmo quando o setor estava sendo tomado por empresas de fundição (de lâminas de silício) e fabricantes especializadas de chips. As operações de chips da Hitachi acabaram sendo combinadas com as da NEC e Mitsubishi Electric, formando a Renesas Electronics. Assim, a Hitachi atualmente tem pouca participação na área de semicondutores. A direção da empresa espera que isso dê mais estabilidade aos lucros.


Com formação em engenharia de computação, a tarefa mais recente de Nakanishi havia sido comandar as atividades da Hitachi com discos rígidos na Califórnia, que vinham enfrentando dificuldades contra concorrentes de maior porte. “O ponto de partida estava errado e agora é difícil consertar”, disse.


A solução, segundo ele, é uma melhor gestão. Em um grande desafio para a cultura da Hitachi, na qual quase todo executivo sênior passou sua vida laboral dentro da empresa, Nakanishi disse que a companhia precisa trazer mais administradores de fora.


A grande esperança da empresa para o futuro são suas operações de “infraestrutura social”, mais estáveis, especialmente as que trazem uma matiz “verde”, como as de trens, centrais nucleares e baterias para carros elétricos.


Nakanishi afirmou que não há sentido em abandonar outros segmentos apenas porque são voláteis. “Mesmo atividades que parecem sólidas e estáveis podem repentinamente tornar-se extremamente competitivas”, disse ele.


A ascensão repentina do gás de xisto como fonte de energia nos Estados Unidos, por exemplo, levou ao cancelamento igualmente repentino de encomendas de usinas alimentadas a carvão da Hitachi.


Uma área em que a Hitachi continuará a reduzir sua presença é a de bens eletrônicos de consumo, que talvez ainda seja o negócio pelo qual a empresa é mais famosa, embora represente uma participação pequena (e cada vez menor) de suas vendas. Nakanishi disse duvidar que a companhia possa concorrer com a sul-coreana Samsung, ou qualquer novo gigante que surja da China na área de produção de televisores.


O executivo também levanta a possibilidade de aquisições para impulsionar a empresa em suas áreas de crescimento. Insiste, contudo, que apenas serão promovidas em setores nos quais a Hitachi tenha experiência e capacidade para administrar uma empresa adquirida.


As metas traçadas por Nakanishi de margem operacional de 5% e lucro líquido de 200 bilhões de ienes exigem uma grande melhoria no desempenho da Hitachi nos últimos anos. “Podem dizer que são ambiciosas, mas eu diria que elas ainda são conservadoras”, disse o presidente da Hitachi.

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Fonte: Financial Times/ Valor Econômico

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