O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, percorreu um trecho da linha de trens que corta a Zona Sul de São Paulo na tarde desta quinta-feira (12) e se comprometeu, caso seja eleito, com a construção de 400 quilômetros de metrô em grandes cidades do país.
A estimativa do tucano é que sejam necessários até R$ 45 bilhões para as obras. Ele sugeriu o Tesouro Nacional e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como fontes de recursos, além de financiamento externo e de verbas de estados e municípios.
No diagnóstico do candidato, as cidades de Porto Alegre, Curitiba, Rio de Janeiro, Fortaleza, Recife e Salvador estão entre as que devem receber as obras, seja construindo uma rede ou complementando a estrutura já existente.
“Temos que fazer metrô em todas essas grandes cidades porque isso para a população representa padrão de vida”, disse. Ele não estimou um prazo para a conclusão das obras.
Durante o trajeto, que partiu da Vila Olímpia e foi até o Grajaú, o tucano abordou pessoas no trem e perguntou sobre melhorias no transporte. Ouviu elogios e cobranças de maior estrutura, com mais trens e funcionários. Ao final do percurso, respondeu aos jornalistas sobre as queixas.
“Na medida em que a gente faz mais, a demanda aumenta”. Serra negou atrasos nas obras do metrô de São Paulo. “Estão sendo feitos quilômetros e mais quilômetros. Nós vamos ter 20 quilômetros a mais prontos até o fim do ano.”
Programa eleitoral
Nesta quinta-feira (12), o Tribunal Superior Eleitoral divulgou o tempo a que terá direito cada partido na televisão. É sempre bom ter mais, mas temos tempo suficiente, disse, minimizando o espaço maior a que terá direito a candidatura de Dilma Rousseff (PT).
Ainda sobre o horário eleitoral, o candidato afirmou que gostaria que a produção de programas para a TV fosse mais simples e barata. Entretanto, disse que vai usar os mesmos recursos que os concorrentes. “Eu preferia que fossem os candidatos, televisão, cenário simples para todos candidatos com nome do partido e etc, e o candidato chegar e dizer o que pensa, sem ter toda essa produção”, afirmou.
“Mas, se você está em uma disputa em que os outros fazem diferente, você também tem que fazer.” Para o candidato, é necessário nova legislação sobre o tema. “É um problema de ter uma nova lei que simplificasse, diminuísse os custos e aproximasse o candidato das pessoas”.
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