Os investidores aguardam a aprovação do conselho de administração da Vale, em reunião a ser realizada nesta quinta-feira, de um plano de investimento da mineradora para 2011 na faixa de US$ 24 bilhões. Se isso for confirmado, o montante será recorde. Mais da metade desses recursos – entre 60% e 70% – deve ser destinada a projetos orgânicos no Brasil, com destaque para a área de minério de ferro, fertilizante, níquel e cobre. Uma fatia menor será usada para financiar os empreendimentos no exterior, entre os quais se destaca o projeto de minério de ferro de Simandou, na Guiné, e o de carvão, de Moatize, em Moçambique.
No país, os projetos na área de minério de ferro envolvem o mega projeto de Serra Sul, em Carajás (PA), programado para produzir 90 milhões de toneladas de minério de ferro anuais e o projeto adicional de Carajás, com produção prevista de 30 milhões de toneladas anuais do produto. Essa unidade já conta com licença de instalação. Na área de pelotas, está prevista para entrar em operação em 2012 a oitava usina de Tubarão (Tubarão VIII), em Vitória (ES). Há também o projeto de cobre de Salobo, no Pará.
Os investimentos em fertilizantes se espalham pelo Brasil e pelo exterior e vão demandar aportes de US$ 12 bilhões até 2014 . O maior projeto em curso na companhia nesse novo segmento de negócios é o de Salitre, em Minas Gerais, avaliado em US$ 2 bilhões. Mas no exterior há vários projetos orgânicos de fosfato e potássio em andamento – Bayóvar, no Peru, Rio Colorado e Neuquén, na Argentina, e em Regina, no Canadá.
A companhia está priorizando o projeto de minério de ferro de Simandou, na Guiné. Em abril deste ano, a Vale comprou da BSG Resources (BSGR) 51% na BSG Resources (Guiné), que detém concessões de minério de ferro no africano. Em Moçambique, a gigante brasileira está tocando o projeto de carvão com produção estimada em 11 milhões de toneladas com previsão para entrar em operação no primeiro semestre de 2011.
O programa de investimento da companhia para 2011 deve englobar também os projetos de siderúrgicas no Ceará (Companhia Siderúrgica de Pecém), no Pará (Alpa – Aços Laminados do Pará) e de Ubu, no Espírito Santo.
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