Pelos cálculos divulgados nesta segunda-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o governo Dilma Rousseff precisa cortar R$ 40 bilhões no orçamento da União de 2011 para controlar a inflação sem precisar elevar a taxa de juros em médio prazo. Nas últimas reuniões, a previsão da equipe econômica do governo era de corte de cerca de R$ 30 bilhões.
De acordo com a CNI, o Congresso elevou receitas e despesas em R$ 25,5 bilhões sobre a proposta original do governo, em parte porque superestimou a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) este ano.
“A política fiscal expansionista dos últimos anos precisa ser revista. Caso esse caráter não seja alterado, o esforço da política monetária para conter um excesso de demanda que pressione a inflação será maior e irá comprometer o crescimento da economia” , adverte a nota técnica da entidade.
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Ainda segundo a CNI, “depois da política de expansão fiscal necessária para combater os efeitos da crise internacional, o momento é de reduzir o ritmo de crescimento dos gastos públicos para adequá-los ao crescimento da economia”.
Os empresários enumeram como empreendimentos prioritários, que deveriam ser livres de cortes, as obras da rodovia BR-163, entre Santarém, no Pará, e Mato Grosso, que prevêem investimentos de R$ 859 milhões; a Ferrovia Norte-Sul, de R$ 2,8 bilhões; e a ampliação dos aeroportos nas cidades-sedes da Copa do Mundo.
O estudo também avalia que devem ser poupados os investimentos na hidrelétrica do rio Madeira e do plano de investimentos da Petrobras até 2014, que estabelece recursos de R$ 361 bilhões. Os programas Minha Casa, Minha Vida, com aportes de R$ 71,7 bilhões, e Água para Todos, de saneamento básico, com R$ 25 bilhões, ambos na área de infraestrutura social e urbana, são também defendidos pela CNI.
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