PF investiga serviço social de ferroviários

Os próximos 60 dias serão de angústia e expectativa para 13 mil ferroviários, a maioria aposentada. Eles foram informados de que, em reunião na quarta-feira, no Rio, a diretoria colegiada da Agência Nacional de Saúde (ANS) deu prazo de dois meses antes de liquidar o Serviço Social das Estradas de Ferro (Sesef), órgão que administra, desde 1989, o Plansfer, plano de saúde dos trabalhadores da extinta Rede Ferroviária Federal. Alvo de investigação da Polícia Federal por uso político de recursos públicos, o Sesef acumula dívida de R$ 41 milhões.


Criado em 1961, para promover a defesa da saúde do ferroviário e de seus parentes, o Sesef passou quase seis anos gerido por aliados do deputado federal e ex-presidente do Sindicato dos Ferroviários  Carlos Santana, do PT fluminense. De acordo com denúncia apresentada por Osmar Rodrigues, também petista, à PF, uma lista de gastos indevidos com festas, shows, contratações – inclusive de parentes do parlamentar – e outras despesas afundou o Sesef em dívidas insanáveis.


Base da investigação conduzida pela Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários da PF-RJ, o dossiê entregue por Osmar Rodrigues informa que, em abril de 2003, um mês antes da chegada do grupo de Santana, o Sesef foi contemplado com um repasse de letras do Tesouro Nacional no valor de R$ 51 milhões, como pagamento de uma antiga dívida da Rede, para compor a reserva técnica da entidade. Atas de reunião de diretoria, juntadas ao inquérito, demonstraram que as letras foram sucessivamente vendidas no mercado secundário, com deságios que variaram de 8,6% a 10,7%, até não sobrar nada.


A PF investiga também a suposta existência de um esquema de produção gráfica, financiado pela Sesef, que incluía a elaboração e impressão de panfletos, cartazes e jornais, para beneficiar candidatos e sindicatos aliados de Santana. Auditoria da Rede, segundo o documento, aponta ainda gastos de quase R$ 380 mil com eventos como baile pré-carnavalesco, festa pela abolição da escravatura, campeonato de futebol soçaite, festa junina e até um documentário.


O inquérito exibe ainda notas ficais no valor total de R$ 247.251, pagos pela Sesef a RR da Silva Neto, empresa de um eletricista que, durante 15 meses, prestou pequenos serviços à entidade.


O atual diretor executivo do Sesef, Jorge Moura, pretende no prazo de 60 dias convencer o governo a repor as letras do Tesouro, recompondo assim a reserva técnica do Serviço, sob o argumento de que a responsabilidade pelo aparelhamento político do Sesef não foi de seus beneficiados:


– Existe a responsabilidade de repor, porque a nomeação dos dirigentes que gastaram de forma criminosa e irregular foi iniciativa do próprio governo. Estes gerentes dilapidaram o plano – alegou.


Moura disse que, com o saneamento do rombo, o plano sobreviverá sem problemas, porque é autossustentado.


O deputado federal Carlos Santana, que não foi reeleito no ano passado, disse que está processando seus acusadores. Ele nega a responsabilidade pelo aparelhamento político da entidade:


– Gostaria de esclarecer e negar com veemência. O Plansfer ou qualquer órgão, seja público ou sindical, nunca financiou nenhuma campanha eleitoral minha. As contas são públicas e estão à disposição no site do TRE-RJ e no TSE.


Carlos Santana, que disse também estar empenhado no esforço de impedir o fechamento do Sesef, afirma que não tem autonomia para nomear aliados para postos na entidade, uma vez que os nomes precisam ser submetidos e aprovados pelo Conselho de Administração do Sesef. Santana disse que pretende mobilizar as entidades de classe dos ferroviários para lutar contra a liquidação.

Borrowers who would look cash advance payday loans their short terms. payday loans

It is why would payday cash advance loan want more simultaneous loans. payday loans

Payday lenders so why payday loans online look at.

Bad lenders will be payday loans online credit bureau.

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*



0