Correios vão entrar no TAV depois da licitação

A Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) trabalha em uma proposta para se tornar sócia do trem-bala. Sua entrada na construção do trem de alta velocidade, porém, só ocorrerá após ser conhecido o vencedor do leilão, marcado para 11 de abril. Ontem, o diretor-geral da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), Bernardo Figueiredo, teve uma primeira reunião com o novo presidente dos Correios, Wagner Pinheiro. Durante o encontro, Pinheiro expôs o interesse da estatal em não só utilizar vagões para transportar suas encomendas no trajeto do trem entre Campinas, São Paulo e Rio, mas também em ter um pedaço, ainda que minoritário, na composição acionária do empreendimento.


Segundo Figueiredo, a entrada dos Correios como sócio do trem-bala não altera em nada o cronograma do leilão, porque a estatal deverá entrar no negócio na condição de “sócio estratégico”, uma figura já prevista no edital. “É o mesmo modelo que deve ser usado pelos fundos de pensão”, disse Figueiredo, após o encontro.


Para viabilizar a operação, os Correios devem procurar as empresas estrangeiras interessadas para assinar um termo de adesão que assegure sua participação. Segundo Figueiredo, a ANTT não tem nenhuma relação com a decisão da estatal. “Vejo os Correios como qualquer outra empresa privada, é uma decisão empresarial deles.”


Diariamente, os Correios transportam 58 caminhões de encomendas no eixo Rio-São Paulo. “O trem-bala é mais rápido que o transporte rodoviário e tão rápido quanto o avião”, comentou Figueiredo, ao citar os benefícios.


O interesse da ECT em utilizar um vagão do trem-bala para o transporte diário de encomendas já existe há tempo. O que não se esperava era que esse interesse se convertesse em participação societária, uma possibilidade que só passou a existir com o adiamento do leilão, em novembro de 2010.


Ao ser questionado sobre o interesse de outras estatais entrarem no projeto, o diretor da agência disse que desconhece qualquer outra negociação em curso. Figueiredo também disse que não há nenhuma sinalização por parte do Ministério dos Transportes em adiar novamente o leilão em decorrência dos cortes no Orçamento anunciados pelo governo.


A possibilidade de participação da Eletrobras no empreendimento, não confirmada pela estatal e nem pelo governo, agradou aos investidores privados interessados no projeto pelo fato de a empresa ser produtora de um dos principais custos do trem: a energia.


Paulo Alvarenga, diretor de Mobility da Siemens, explica que em média cerca de 30% do custo operacional do trem-bala é relativo à energia elétrica, e por isso, a empresa viu com bons olhos o interesse da Eletrobras em participar como sócia do empreendimento. “É mais um passo para deixar o projeto em pé”, diz. Ele vê o governo preocupado em mitigar risco, após o anúncio de que os Correios também teriam interesse em participar do investimento.


O executivo reafirma o interesse da Siemens, mas diz que mais importante que ter o aporte de novos sócios, é o projeto ter rentabilidade. “É uma participação importante, mas vejo pouco sentido estratégico para a Eletrobras.”


Segundo uma fonte do setor, a disponibilização de estatais para participar do investimento mostra a decisão do governo em capitalizar o projeto. Considerando que um terço da conta de energia é formada por impostos, a redução de custo ao ter um autoprodutor no projeto deve ser importante. E isso foi o que fez com que alguns consórcios estudassem a possibilidade de atrair produtores de energia. “Não foi à toa que muitos grupos ficaram de olho nessa estratégia”, diz uma fonte do setor.


No caso dos coreanos, a estratégia não se mostrou viável. Segundo Paulo Benites, da Trends Engenharia e representante do governo coreano, o consórcio já tinha uma proposta para apresentar em novembro do ano passado, e hoje trabalha para melhorá-la.


Alvarenga diz que ainda há dúvidas sobre quem seria o responsável pelos investimentos nas estruturas de transmissão, e se por acaso a Eletrobras poderia ser a responsável por isso, no caso de participação. “Nossa dúvida é se isso foi levado em conta no cálculo do investimento e não está claro no edital”, diz ele.

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