Usiminas tem lucro menor e foca na redução de custo

A Usiminas, maior produtora de aços planos do Brasil, encerrou o quarto trimestre com queda anual de 38% no lucro líquido, resultado que ficou acima do esperado pelo mercado, mas que levantou preocupações sobre os custos da companhia.


A siderúrgica teve lucro líquido de 413 milhões de reais ante expectativa média de oito analistas de resultado positivo de 169,3 milhões de reais. Mas o custo com produtos vendidos disparou 25% no período em meio à alta de gastos com matérias-primas como carvão, aumento de salários e concorrência com produtos importados, que gerou redução de preços de produtos.


A companhia acabou vendo sua margem de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) cair de 27,6% para 10,8%, mas a margem apenas da operação siderúrgica desabou de 18% para 4%nos três últimos meses de 2010.


Com isso, as ações da companhia exibiam queda de 3,4% na tarde de ontem, enquanto o Ibovespa recuava ligeiros 0,06 por cento.


“Os números vieram ruins. As quedas que vimos no lucro e no Ebitda foram expressivas e se devem a pressões sérias de custo (…)  Acho difícil que essa situação seja revertida no curto prazo”, disse Daniella Maia, analista da corretora Ativa.


“Já era esperado um trimestre ruim, com pressão nos custos e queda de preços. Para os próximos trimestres, continuamos vendo um cenário ruim para as siderúrgicas, porém, a ação da Usiminas já está bastante depreciada”, afirma a corretora Link em relatório.


O presidente da Usiminas, Wilson Brumer, afirmou que “não estamos felizes com as nossas margens e temos que buscar melhoria, porque não podemos ter as margens que apresentamos no último trimestre”. “Tivemos um certo avanço em 2010, a empresa tem estratégia clara sobre o que tem que ser feito, mas as coisas não se resolvem num passe de mágica”, comentou o executivo em teleconferência com analistas.


A estratégia envolve um amplo plano de redução de custos da companhia, que tem entre as metas alcançar economia de 10% nas usinas da empresa em Ipatinga (MG) e Cubatão (SP) este ano, equivalente a uma redução de pelo menos 100 reais no custo da bobina a quente, disse Brumer.


Além disso, o executivo também afirmou que o conselho da Usiminas aprovou, na véspera, plano de autossuficiência energética até 2015. Para isso, além de redução no consumo de energia, uso de fontes alternativas como gás natural e de novas tecnologias pode “eventualmente” fazer a empresa “considerar participação em ativos de energia”, disse Brumer. O executivo comentou que estudos internos da Usiminas indicam que a empresa tem potencial de economia de 350 milhões de reais anuais com custos de energia.


Entre os principais acionistas da Usiminas está o grupo Camargo Corrêa, uma das controladoras da geradora e distribuidora de energia CPFL.


Carvão


Em carvão, cujos custos têm pesado mais nas contas da empresa desde meados do quarto trimestre, quando foi obrigada a adotar rotas alternativas para receber o insumo por causa de paralisação no porto de Praia Mole, operado pela Vale, a Usiminas não vê solução “muito fácil”.


“Estamos olhando possíveis alternativas, se fôssemos partir para compra de ativo, não vemos agregação de valor porque hoje teríamos que pagar um preço muito alto”, disse Brumer.


Para o primeiro trimestre, o vice-presidente financeiro da Usiminas, Ronald Seckelmann, afirmou que o impacto da paralisação do porto vai ser “muito reduzido”, pois a Vale já está operando o porto de Praia Mole em um ritmo acima do esperado.


Mas os problemas gerados pelas enchentes na Austrália, importante fornecedor mundial de carvão, estão incentivando alta de preços da commodity no primeiro trimestre e possivelmente impactará os três meses seguintes. Seckelmann afirmou que a expectativa de aumento do preço da tonelada de carvão de 300 para 350 dólares não vale para a Usiminas, pois a empresa está mudando de fornecedores para obter preços melhores. O executivo não deu detalhes sobre este assunto.


Alta de preço do aço


Depois que a Usiminas concedeu descontos de preços em alguns produtos de aço no quarto trimestre, a expectativa da empresa é por um aumento de preços de 5 a 10% a partir de março, acompanhando movimentos de reajustes feitos por rivais internacionais.


Segundo o vice-presidente de negócios da Usiminas, Sergio Leite, atualmente o diferencial de preços entre produtos importados com o preço oferecido no Brasil está em torno de zero, o que incentiva a empresa a negociar a redução de descontos a partir de março e que devem impactar os resultados da empresa a partir do segundo trimestre. Ele evitou fazer projeções mais longas para os preços da companhia, afirmando que isso depende do mercado internacional.


A companhia produziu 1,588 milhão de toneladas de aço no quarto trimestre, queda de 14% na comparação anual, influenciada também por paralisação de alto forno da empresa em Cubatão para manutenção concluída em dezembro.


Enquanto isso, as vendas em volume somaram 1,579 milhão de toneladas, recuo de 7% sobre o quarto trimestre de 2009 e estabilidade na comparação com as 1,55 milhão de toneladas do terceiro trimestre.


A receita líquida avançou ligeiros 4%, para 3,09 bilhões de reais, apesar do recuo nas vendas em volume, com um crescimento de 22% no faturamento com exportações.

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