O projeto do metrô de Porto Alegre, que será apresentado hoje, às10h30, no ato de credenciamento no Ministério das Cidades, traz uma novidade em relação aos estudos anteriores: a linha começa na Esquina Democrática e não no Mercado Público e se estende até a sede da Fiergs, na Avenida Assis Brasil.
Orçada em R$ 2,4 bilhões, limite previsto pelo Ministério do Planejamento, a primeira fase do metrô da Capital deve ser executada com recursos do PAC da Mobilidade Urbana. A contrapartida do governo do Estado é a isenção de ICMS para os trens e para a obra de construção dos túneis.
Para reduzir o custo com desapropriações, o metrô correrá por baixo dos corredores de ônibus da Farrapos e da Assis Brasil, até o Terminal Triângulo. De lá, seguirá até a sede da Fiergs por uma elevada. Nesse ponto será construído o complexo de manutenção dos trens. Durante a obra, as pistas laterais não precisarão interromper o trânsito, o que reduziria os transtornos comuns em uma construção desse porte.
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Para mostrar ao governo federal que o metrô não é apenas uma aspiração de Porto Alegre, mas de todo o Rio Grande do Sul, o prefeito José Fortunati transformou em ato político o que seria apenas o credenciamento da Capital aos recursos federais para as obras. No ato de apresentação do projeto estarão juntos o prefeito, o presidente da Assembleia, Adão Villaverde, o secretário do Planejamento, João Motta, a presidente da Câmara, Sofia Cavedon, o prefeito de Canoas, Jairo Jorge, presidente da Associação dos Municípios da Grande Porto Alegre, e os presidentes das associações de transportadores de passageiros, já que o metrô só sairá do papel se o projeto for integrado com os ônibus.
Apesar de o ministro das Cidades, Mário Negromonte, ter dito em recente visita a Porto Alegre que o metrô está garantido, há um longo caminho a percorrer até que esse sonho dos gaúchos se transforme no meio de transporte de milhares de passageiros todos os dias. O projeto de Porto Alegre está enquadrado no teto de R$ 2,4 bilhões – limite definido para mais oito cidades. Como o governo federal estabeleceu limites menores para outros municípios, se todos encaminharem projetos pelo teto o valor total chegaria a quase R$ 22 bilhões, mas o governo federal só dispõe de R$ 18 bilhões para o PAC da Mobilidade Urbana.
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