Dez dias depois de o governo da Bahia publicar no Diário Oficial a decisão de mudar em cinco quilômetros a localização do Porto Sul que será instalado em Ilhéus para escoar minérios e grãos produzidos no Estado, o Ministério Público Federal entrou com uma ação civil pública pedindo a suspensão imediata da construção do trecho baiano da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), por onde devem ser transportados os produtos até o porto.
Os procuradores Eduardo El Hage e Flávia Arruti argumentam que decidiram pela ação para evitar “o desperdício de bilhões de reais em recursos públicos federais, caso o porto não seja construído no local em que o trajeto da ferrovia será finalizado”. De acordo com o pedido, a construção da ferrovia só poderia ser retomada depois que a viabilidade ambiental da nova localização do Porto Sul for atestada.
O Porto Sul teve seu ponto de instalação alterado depois do governo baiano sofrer muita pressão de organizações não governamentais (ONGs) ligadas à proteção ambiental e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) pedir para que fossem apresentadas alternativas de localização para o complexo.
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Estudos produzidos pelas ONGs estimam que 2,4 mil hectares de mata atlântica e mangues seriam devastados para a instalação do retroporto e que o terminal de atracação, a três quilômetros da costa, destruiria uma barreira de corais.
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