O governo federal poderá estender o prazo de concessão das empresas ferroviárias em troca de investimentos na malha existente. O objetivo é eliminar gargalos que atrapalham a produtividade do transporte sobre trilhos, como o excesso de cruzamentos entre ferrovias e rodovias (passagem de nível), moradias ao lado das linhas e passagem de trens dentro de áreas urbanas. Boa parte dos investimentos é de obrigação do governo.
“Outra alternativa seria usar o recurso pago pelas concessionárias à União a título de arrendamento”, afirmou o diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Bernardo Figueiredo, que participou ontem do 6º Encontro de Logística e Transportes da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp). Segundo ele, o assunto está sendo discutido dentro do governo. Uma parte dos investimentos ficará com as concessionárias e outra (mais social), com o Estado.
As empresas ferroviárias avaliam que para eliminar os gargalos da malha existente seria necessário investir cerca de R$ 10 bilhões num total de 728 obras. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) também fez um estudo e detectou uma soma de R$ 7 bilhões de investimentos. Figueiredo observou que o Ferroanel de São Paulo está entre as obras necessárias. A ANTT se encontrará com o governo paulista no fim do mês para definir os próximos passos do projeto.
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