Para que o VLT funcione sem necessidade de aumento da tarifa de transporte público de Cuiabá e Várzea Grande, o Governo do Estado terá que desembolsar ao menos R$ 3 milhões por mês de subsídio. Sem o montante, o preço da passagem do modal pode chegar a R$ 11,18 por usuário. Os valores foram estimados por estudo encomendado pelo ex-secretário de Trânsito e Transporte Urbano da Capital, vereador Edivá Alves (PSD).
O cálculo partiu da diferença entre a arrecadação diária das 42 linhas de ônibus que atuam nos eixos CPA / Centro, Coxipó / Centro e Aeroporto (VG) / Centro (Cuiabá), e o valor das despesas, no mesmo período, estimadas para o modal pela própria extinta Agecopa, diz Edivá. Conforme o estudo, os três trajetos, que deixarão ser operados pelos ônibus com a implantação do VLT, redem aproximadamente de R$ 184,8 mil por dia, enquanto os gastos com a administração, operação e impostos do modelo deve chegar a R$ 301 mil.
Edivá explica que entre os fatores que contribuem para a diferença entre os montantes está a existência do passe-livre para estudantes das redes pública e particular de ensino na Capital. A preocupação do parlamentar ocorre porque, embora o Estado já tenha garantido que subsidiará o custo de operação do modal, a gratuidade aos estudantes é bancada integralmente pela Prefeitura de Cuiabá. “O passageiro acha a passagem cara e o empresário fica no prejuízo porque existe muita gratuidade”, afirma.
POD NOS TRILHOS
- Investimentos, projetos e desafios da CCR na mobilidade urbana
- O projeto de renovação de 560 km de vias da MRS
- Da expansão da Malha Norte às obras na Malha Paulista: os projetos da Rumo no setor ferroviário
- TIC Trens: o sonho começa a virar realidade
- SP nos Trilhos: os projetos ferroviários na carteira do estado
Só nos ônibus que cobrem os trajetos das regiões do Coxipó e do CPA até o centro da Capital trafegam diariamente ao menos 37 mil alunos. Segundo Edivá, a despesa do Alencastro gira em torno de R$ 1,1 milhão por mês. “Quando entrei na SMTU o valor era ainda maior porque tinha muita gente que fazia o cartão de estudante para dar até aos funcionários”, conta.
Seja o primeiro a comentar