Bernardo Figueiredo é vetado pelo Senado

Por 36 votos contra 31 a favor e uma abstenção, o plenário do Senado rejeitou nesta quarta-feira a recondução de Bernardo Figueiredo para o cargo de diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Considerado um homem do staff da presidente Dilma Rousseff, com quem trabalhou diretamente por dois anos na Casa Civil, o resultado é uma derrota de Dilma no Senado. Integrantes da base aliada avaliaram que o resultado reflete a insatisfação de senadores com o governo. E o Planalto foi pego de surpresa com o resultado da votação.
O núcleo palaciano já tinha identificado a insatisfação na base. Mas não esperava essa derrota. A votação foi recebida por interlocutores diretos da presidente como uma advertência dos partidos aliados no Senado.


– Hoje, os aliados estão usando uma votação secreta para mandar um recado. O problema maior será se essa rebelião acontecer numa votação aberta – reconheceu um auxiliar direto da presidente Dilma.


Ainda na avaliação do governo, houve uma junção de insatisfações no caso. No encaminhamento da votação, mais cedo, o recado fora dado pelo PMDB. Foi apresentado um requerimento para adiamento da votação, e o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), conseguiu manter a votação por apenas cinco votos de vantagem. Ao encaminhar, o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), avisou que iria manter a votação, mas que a indicação não era pacífica dentro do partido, numa senha para a votação seguinte.


Interlocutores do Planalto disseram que avisaram que haveria problemas. O PR, que queria manter o controle da agência, estava irritado com a situação. Outros, inclusive dentro do PT, comentaram que foi uma derrota da presidente, devido sua ligação com o indicado.


O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), também avaliou que o resultado da votação secreta traduziu a insatisfação de alguns senadores com o governo.


– Existe insatisfação em vários partidos e isso foi manifestado no voto secreto – concluiu.


Para ele, é preciso aprofundar as relações políticas entre o governo e a base para acabar com traições. A insatisfação, de acordo com o líder, tem a ver com os problemas de sempre: falta de liberação de emendas, indicações políticas, falta de atenção dos ministros.


– Juntou a insatisfação com os problemas com o nome do indicado. O relatório do TCU deu combustível – observou.


A oposição comemorou.


– As irregularidades eram flagrantes, e as denúncias, gravíssimas. Prevaleceu o bom-senso e o Senado agiu com independência – disse o líder do PSDB, Álvaro Dias (PR).


Bernardo teve forte oposição do senador Roberto Requião (PMDB-PR), que apresentou acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU) que aponta várias irregularidades na gestão do então diretor da ANTT. Requião lembrou que o Ministério Público Federal acusa Figueiredo de ter se omitido no papel de fiscalizador das concessionárias de linhas férreas e ainda de ter contribuído para que empresas privadas dilapidassem o patrimônio da antiga Rede Ferroviária Federal (RFFSA).


A oposição se revezou na tribuna para falar contra a recondução de Bernardo para a diretoria-geral da ANTT.

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