O Governo Federal irá lançar, ainda esse ano, um novo plano econômico destinado à infraestrutura de transportes do país. Trata-se do Plano Nacional de Logística Integrada, que terá como objetivo integrar portos e suas vias de acesso – como ferrovias, rodovias e hidrovias –, visando dinamizar o transporte de cargas e reduzir custos logísticos.
De acordo com o ministro-chefe da Secretaria de Portos, José Leônidas de Menezes, o PNLI será uma junção dos atuais Plano Nacional de Logística e Transportes (PNLT) e Plano Nacional de Logística Portuária (PNLP), e por isso está sendo estruturado tanto pela secretaria de Portos quanto pelo ministério dos Transportes. “Estamos conversando há dois meses sobre esse projeto. Não tem como olhar o porto sem olhar para trás do porto, ou seja, para os acessos terrestres”, afirmou.
Leônidas ressaltou que um dos principais objetivos do PNLI será linearizar o transporte de cargas no país, que é concentrado no modo rodoviário. “Hoje 60% das cargas são transportadas em rodovias, 25% em ferrovias e 13% por cabotagem. No programa que estamos desenvolvendo, queremos balancear o transporte, com 30% em rodovias, 35% em ferrovias e 30% na cabotagem”.
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O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, também reafirmou a necessidade de se criar uma cadeia logística no país, investindo nos eixos que fazem o escoamento das cargas aos portos – principalmente no que se refere a minério e grãos, que são os principais produtos exportados. “Não se pode pensar em transportes de maneira isolada. Temos que olhar na retaguarda do porto. E aí, a tendência é que os custos logísticos caiam”.
O Plano Nacional de Logística Integrada ainda não tem valores fechados para investimentos. Mas, de acordo com os ministros, deverá seguir a mesma base do PNLT e do PNLP, que prevêem recursos da ordem de R$ 30 bilhões.
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