A nova fábrica de monotrilhos da Bombardier, que foi inaugurada em Hortolândia (SP) nesta sexta-feira, 13/04, irá produzir veículos com capacidade semelhante à do metrô. De acordo com Luis Ramos, diretor de Relações Institucionais da Bombardier para a América Latina, cada monotrilho poderá transportar 1.000 passageiros, com intervalo médio entre trens de 75 segundos. “Conseguiremos assim atender ao transporte de 500 mil passageiros por dia”, afirmou Ramos.
A nova fábrica inicia as operações trabalhando com aproximadamente 40% de componentes nacionais, mas deve aumentar esse índice para 60% até o final do ano. Nessa época, a planta também já deverá estar apta a fabricar um trem do monotrilho – que possui sete carros – por semana. “Nosso objetivo, depois de ultrapassar essa curva de aprendizagem, é fazer um carro por dia”, explica Ramos. De qualquer forma, o primeiro trem da encomenda de 54, feita pelo Metrô de São Paulo para a Linha 2- Verde, deve ser entregue no final desse ano.
De acordo com o executivo, o monotrilho paulistano deverá atrair a atenção para negócios com outras grandes cidades brasileiras, como Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Recife. Com relação a contratos com o exterior, a Bombardier afirma já ter sido procurada pela Índia, que tem um projeto de sistema de monotrilho semelhante ao de São Paulo – que nasce como o monotrilho de maior capacidade do mundo.
POD NOS TRILHOS
- Investimentos, projetos e desafios da CCR na mobilidade urbana
- O projeto de renovação de 560 km de vias da MRS
- Da expansão da Malha Norte às obras na Malha Paulista: os projetos da Rumo no setor ferroviário
- TIC Trens: o sonho começa a virar realidade
- SP nos Trilhos: os projetos ferroviários na carteira do estado
Com investimento de R$ 15 milhões, a fábrica de Hortolândia foi construída em 18 meses e já está operando. Apesar de o primeiro contrato fechado ser o pedido do Metrô, a intenção da empresa é centralizar na unidade todas as futuras encomendas, inclusive para América Latina e Europa. “Nós temos outra unidade em Kingston, no Canadá, mas queremos centralizar aqui. Tudo vai depender da evolução do mercado”, afirmou o diretor.
Seja o primeiro a comentar