O avanço dos projetos de infraestrutura do Estado de São Paulo depende da implantação de Parcerias Público-Privadas (PPPs), segundo o vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos (PSD), e presidente da Conselho Gestor de PPPs. “Estamos propondo um modelo turbinado de PPPs para conseguirmos avançar na velocidade que precisamos”, disse ontem no Seminário de Cooperação São Paulo-Comunidade de Madrid.
Entre os projetos para os quais Afif conta com a iniciativa privada estão a construção do ferroanel em São Paulo, a administração de parte dos 30 aeroportos sob responsabilidade do governo estadual, o porto de São Sebastião, a ampliação, nos próximos seis anos, de 120 quilômetros de linhas de metrô e de 415 quilômetros de linhas de trem, e a universalização da coleta e do tratamento de esgoto.
“Para alcançarmos essas metas a entrada da iniciativa privada internacional é primordial. A Espanha tem muita experiência no transporte de trilhos, e queremos entender como fazer com rapidez”, disse Afif, lembrando que o Brasil é prioridade no investimento espanhol. “Não fiquem tristes com o que os argentinos fizeram com vocês. Podem vir para cá que iremos tratá-los muito bem”, afirmou, em tom de brincadeira.
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Já o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), ressaltou que a prioridade é a mobilidade urbana. “Temos quatro obras de metrô conjuntas e queremos fazer trem metropolitano para Santos, Sorocaba, São José dos Campos e Guarulhos. Hoje nossas rodovias se transformaram em marginais superlotadas”, disse, comparando o tráfego das rodovias com o das marginais Pinheiros e Tietê. Segundo Alckmin, os trens atingiriam velocidade de 160 quilômetros por hora.
Para o presidente da Madrid Network, Aurélio Garcia, que representa os cerca de 20 empresários espanhóis que estiveram em São Paulo, o maior interesse é o metrô. “O Brasil tem grandes construtoras, por isso devemos contribuir com tecnologia e inovação”, afirmou.
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