ALL busca melhoria no balanço

A quarta geração de comando executivo da ALL – América Latina Logística, concessionária de ferrovias e logística com mais de 20 mil km de trilhos no Brasil e Argentina, teve início este mês com um grande desafio. O administrador de empresas paulistano, Eduardo Machado de Carvalho Pelleissone, de 38 anos, novo presidente, tem como meta gerar fluxo de caixa positivo para a operação ferroviária da companhia já no balanço de 2013.


Um negócio de capital intensivo – material fixo e rodante e gastos pesados em manutenção -, desde que foi criada em 1997 a ferrovia ainda gera resultado negativo. Ficou em torno de R$ 320 milhões no balanço do ano passado e não se vislumbra reversão em 2012.


A aquisição em 2006 da Brasil Ferrovias (dona de linhas em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso), que era deficitária financeira e operacionalmente, retardou essa meta, apesar de ter dobrado a ALL de tamanho. O executivo prevê aumento de resultados em 2013 com o fim de investimentos, como a expansão da Malha Norte, até dezembro, mais os negócios criados em 2010 e 2011.


“Acaba uma fase investimentos grandes e começamos a colher resultados deles”, disse Pelleissone ao Valor. Ele substituiu Paulo Basílio, que deixou a ALL no último dia de junho. Na empresa desde 1999, onde entrou como analista da área comercial, já ocupava há um ano o cargo de diretor-superintendente da área de ferrovias, o coração da empresa. Teve seu nome aprovado pelos controladores BNDESPar, Previ, Funcef, família Arduini e Wilson Delara.


A troca de comando ocorre em meio a um processo de negociações de transferência de fatia expressiva do controle societário da ALL ao grupo Cosan por R$ 900 milhões. São ações dos Arduini e de Delara, cuja transferência depende da aprovação dos sócios.


Antes de Pelleissone, a gestão da ALL teve Alexandre Behring, que importou o modelo baseado em resultados, cartilha do Grupo GP, então um grande acionista da empresa. Ele organizou a concessionária, criada com a privatização da malha Sul da Rede Ferroviária Federal em 1997, entrou na Argentina e abriu seu capital em 2004. O bastão foi passado a Bernardo Hess em 2005, que fez a aquisição da Brasil Ferrovias. Com isso, a ALL acessou cargas de grãos no Centro-Oeste e chegou ao porto de Santos. Basílio, que o sucedeu em setembro de 2010, formatou a holding e abriu novos negócios, como a Brado Logística, a Ritmo e a Vetria Mineração.


A nova gestão, diz o executivo, visa ainda “operacionalizar os novos negócios, sem afetar a estrutura de caixa da área logística-ferroviária” e criar o que chama de “soluções para gargalos de produtividade junto aos portos”. A empresa tem acesso aos de Rio Grande, Paranaguá, São Francisco do Sul e Santos. “Há muita coisa a explorar”, disse, sem revelar detalhes de negociações já avançadas. Um outro ponto é elevar a produtividade das operações da ferrovia, que ainda enfrentam vários gargalos.


O grupo ALL – cerca de 25 empresas no ramo de logística ferroviária, rodoviária e portuária, teve receita bruta de R$ 3,7 bilhões e Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 1,45 bilhão em 2011. E lucro líquido de R$ 228 milhões.


O corredor ferroviário da ALL está dividido em quatro malhas no país. A Norte é a maior de todas em receita líquida, R$ 1,2 bilhão, com Ebtida de R$ 580 milhões. A margem sobre vendas alcançou 28,4%. Já a malha Sul, segunda maior, apresentou prejuízo (pelo conceito legal) de R$ 90 milhões, porém Ebitda de R$ 420 milhões. Com metade dos funcionários da ALL, teve a pior rentabilidade sobre vendas – 1%. Na média do grupo, o índice foi 7,7%.


As operações no Brasil, que inclui as malhas Paulista (antiga Fepasa / Ferroban) e Oeste (Novoeste), vão bem quando comparadas às da Argentina – só dão prejuízo e estão à venda. Com cerca de 6 mil km, tiveram receita de R$ 186 milhões (5% do grupo) e Ebitda de R$ 24 milhões (1,5% do total).


“Não temos pressa”, ressalva Pelleissone. Como estão gerando resultado operacional positivo, ele diz que a decisão é “manter” o negócio operando. Admite que há três grupos interessados, mas sem nenhuma proposta efetiva de aquisição no momento. “É um processo demorado, pois depende de acertos com os sindicatos e com o governo da Argentina”.


Até o fim do ano, a ALL espera concluir a extensão (240 km) da antiga Ferronorte até Rondonópolis (MT), obra de R$ 700 milhões com 90% de financiamento do BNDES. Para esse projeto, resta ainda aplicar R$ 150 milhões neste ano.


Depois disso, explica o executivo, a empresa, com concessão até 2027, quer manter o patamar de R$ 650 milhões de investimentos anuais, incluindo a recuperação de 1716 km na malha Sul, 605 na Malha Paulista e 309 na Malha Oeste, exigida pela ANTT, agência que regula o setor. Essa regra diz respeito a trechos desativados ou com baixíssima utilização.


Pelleissone vai também ter de gerir ações em curso no Ministério Público Federal e outros órgãos, incluindo ANTT, sobre a gestão das malhas e do material rodante recebidos e a cargo da empresa. O executivo diz estar tranquilo: “Estamos em dia com todas as reclamações e com a Justiça”.

Borrowers who would look cash advance payday loans their short terms. payday loans

It is why would payday cash advance loan want more simultaneous loans. payday loans

Payday lenders so why payday loans online look at.

Bad lenders will be payday loans online credit bureau.

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*