Califórnia aprova financiamento para TAV

A Califórnia aprovou o financiamento inicial para um trem-bala de US$ 68 bilhões, na primeira vitória do presidente Barack Obama em seu projeto de criar uma rede de trens de alta velocidade nos EUA. O sonho é se igualar à China, que constrói ferrovias em ritmo rápido, mas os projetos americanos andam devagar devido ao questionamento sobre sua viabilidade técnica e resistência da oposição.


Os senadores da Califórnia aprovaram o investimento inicial de US$ 5,9 bilhões para uma linha de passageiros que, no futuro incerto, permitirá viajar entre São Francisco e Los Angeles em menos de três horas, em trens que chegam a 350 Km/h. Quando concluídos, em 2028, chegarão também a outras cidades do Estado, como San Diego e a capital Sacramento.


Numa primeira fase será construído apenas um trecho de cerca de 200 quilômetros no Vale Central, região agrícola e pouco habitada conhecida nos EUA pela produção de frutas e, no exterior, pelos bons vinhos. Os críticos do projeto afirmam que ele irá ligar nada a lugar nenhum. Vamos gastar dinheiro que não temos numa linha de trem na área menos trafegada da Califórnia, disse a senadora republicana Mimi Walters, durante a votação do projeto, na sexta-feira.


Num de seus pacotes de estímulo à economia, Obama destinou US$ 53 bilhões ao financiamento linhas de trens de alta velocidade, a serem gastos em seis anos. A ideia era marcar seu governo com um plano de infraestrutura ambicioso e visionário, nos moldes do sistema de rodovias interestaduais criado após a Segunda Guerra pelo presidente Dwight Eisenhower. Os americanos olham com admiração para a China, que está implantando antes do prazo seu projeto de criar uma rede de trens de alta velocidade de 16 mil quilômetros.


A oposição republicana, porém, procura retratar os planos de Obama como uma extravagância fiscal, que colocará mais pressão sobre o endividamento público. No ano passado, três governadores republicanos abriram mão de dinheiro federal para projetos na área, em Ohio, Wisconsin e Flórida. A Câmara também bloqueou fundos para a construção de linhas de trens-bala aos Estados.


Parte das divisões políticas se devem ao fato de o presidente ter feito dos trens de alta velocidade uma das marcas de seu governo, afirma Petra Todorovich, diretora da America 2050 Regional Plan Association, uma organização especializada em infraestrutura em grandes aglomerações urbanas.


Estudos feitos pela entidade mostram que há ao menos 11 megarregiões nos EUA com potencial para linhas de trem-bala, incluindo o Nordeste (onde estão Nova York, Washington e Boston), Grandes Lagos (Chicago, Detroit, Pittsburgh), Triângulo do Texas (Austin, Dallas e Houston) e Golfo do México (Houston e Nova Orleans). Na primeira fase, o programa destinou US$ 8 bilhões a 13 projetos, incluindo os Estados republicanos que abriram mão do dinheiro.


Há também questões técnicas por trás da oposição aos projetos. Muitos Estados atravessam grave crise fiscal, incluindo a Califórnia, com queda de arrecadação causada pela desaceleração econômica e desequilíbrios nos fundos de pensão do funcionalismo. Quando o governador da Flórida, Rick Scott, rejeitou o dinheiro federal, ele alegou que o projeto negociado por seu antecessor não era economicamente viável porque ligava duas cidades muito próximas, Tampa e Orlando, separadas por 130 km.


Uma questão relevante é se os americanos irão, de fato, usar dos trens. Após a Segunda Guerra, a classe média se mudou para os subúrbios e adotou o carro como forma de transporte, abandonando a extensa rede ferroviária de passageiros. A maior parte dos americanos nunca teve a oportunidade de experimentar bons serviços dos trens de alta velocidade, diz Petra Todorovich. Quando houver uma rede nos bons padrões mundiais, não há dúvida que irão usá-la.


O que mais se aproxima de uma rede nesses moldes é o corredor Nordeste, onde os trens andam a 130 Km/h, oferecem internet não muito rápida e costumam sair lotados. Um bilhete para viajar na manhã de hoje entre Nova York e Washington era oferecido no fim de semana a US$ 254. Em horários menos concorridos, a US$ 145.

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