Um designer de Ribeirão Preto (SP) decidiu mostrar e contar a história das mais de 5 mil estações ferroviárias do Brasil. Há dez meses, Marcelo Tomaz passa seus dias de folga se dedicando ao projeto “Estações Brasileiras” e, até agora, visitou mais de 200 estações em São Paulo e em Minas Gerais, todas registradas em uma página internet que ele mesmo criou.
Durante a pesquisa, Tomaz viu estações em ruínas e outras restauradas, transformadas em restaurantes, museus e casas de cultura. “É muito gratificante, porque sempre que você fala do projeto, todo mundo tem um carinho e te motiva. O grande combustível do meu projeto é esse: poder mostrar para as pessoas algo que elas não viram”, afirma.
Ele conta que a paixão por trens e ferrovias começou aos sete anos, quando seu avô o levava para viajar pelos trilhos. “Quando eu comecei esse projeto, eu me apeguei à minha história. Meu avô sempre morou em Ribeirão e ele tinha que viajar mensalmente para Aguaí (SP) para receber a aposentadoria, aí ele me levava junto. Eu ficava esperando a data de ele receber para poder viajar de trem.”
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O site de Tomaz já serviu como fonte de pesquisa para duas arquitetas que estão escrevendo um livro sobre a história da ferrovia em Ribeirão na época do ciclo do café.
O ex-ferroviário Jair de Oliveira trabalhou durante 25 anos na manutenção da linha antiga da Ferrovia Paulista SA (Fepasa) na cidade. Ele diz que o prédio da estação no Ipiranga, de tão importante, era referência para os moradores do bairro. “[O bairro] Era conhecido como Barracão, depois de muito tempo que foi mudando. Falava Barracão todo mundo já sabia onde era.”
Os registros do projeto podem ser vistos no endereço: www.estacoesbrasileiras.com.br
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