O Reino Unido está liderando a corrida na Europa para obter serviços de banda larga sem fio em trens, segundo um novo relatório divulgado pela empresa de consultoria BWCS. O número de vagões ferroviários equipados com Wi-Fi na Grã-Bretanha chegou a 2.000, muito maior que os rivais mais próximos, Alemanha (911) e Itália (995), e que faz os números da França (416) parecerem pequenos.
A BWCS prevê que o mercado para serviços de banda larga sem fio em trens na Europa crescerá de € 47 milhões anuais, em 2011, para € 80 milhões até 2021.
“A concorrência é o principal fator que impulsiona os operadores ferroviários a fazerem este investimento,” disse Graham Wilde, CEO da BWCS. “O Reino Unido se beneficiou bastante do sistema de franquia, que viu empresas privadas e empreendedoras encarrilharem à frente do restante da Europa. Agora, como a concorrência lentamente se propaga em toda a União Europeia, as empresas estão lutando para instalar Wi-Fi em trens”.
O modelo de negócios para esses serviços se tornou muito mais transparente também, argumenta a BWCS. Até meados de 2012, mais da metade dos vagões equipados com Wi-Fi na Europa forneciam banda larga gratuita a todos os passageiros. Na verdade, o acesso é cobrado em apenas 17% dos vagões que oferecem Wi-Fi, principalmente nos vagões da Deutsche Bahn, na Alemanha, e da TGV, na França. Vinte e oito por cento dos vagões utilizam um modelo misto de cobrança, com serviço gratuito para classe premium e cobrança com base em tempo de uso para classe padrão.
A combinação de novos operadores de trens e rotas, do aumento da pressão sobre os operadores estabelecidos, da chegada do Wi-Fi nos ônibus e dos requisitos normativos está rapidamente transformando o Wi-Fi nos trens em um serviço obrigatório para passageiros.
O relatório da BWCS intitulado “O mercado europeu para serviços ferroviários de banda larga sem fio em 2012” fornece uma análise detalhada do estado atual da disputa nesse mercado em rápido movimento. Ele também contém projeções para o crescimento dos vários serviços em cada país e em toda a Europa durante os próximos dez anos. É uma leitura essencial para os operadores de trem e os fornecedores.
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