Especialistas divergem sobre a necessidade do Brasil implantar um trem de alta velocidade nos próximos anos. Depois de muitas idas e vindas, o governo confirmou recentemente o leilão do chamado “trem-bala” para maio de 2013.
Orçado em mais de R$ 40 bilhões, o projeto prevê a interligação entre as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Campinas. O governo estima que o chamado TAV terá 42 milhões de passageiros por ano em 2020.
Nos horários de pico, a previsão é de que a frequência mínima de viagens entre Rio e São Paulo será de três composições por hora. Os primeiros trechos do chamado trem de alta velocidade deverão entrar em operação já em 2018.
Para o professor de logística e transporte da Unicamp, Orlando Fontes Lima, projetos desta natureza não deveriam ser uma prioridade para o país. Orlando Lima ressalta ao repórter Patrick Santos que o trem-bala atenderá uma parcela específica da população e concorrerá apenas com o transporte aéreo.
Já o presidente da Agência Nacional de Transportes Ferroviários, Joubert Flores, considera o debate positivo. No entanto, o presidente da ANTF defende um modelo de trens regionais, fazendo a interligação entre as cidades importantes.
O diretor do Departamento de Infraestrutura da Fiesp, Carlos Cavalcante, entende que o Brasil precisa de um trem de alta velocidade. O executivo lembra que o tráfego entre as duas cidades mais importantes do país, Rio de Janeiro e São Paulo, vem crescendo nos últimos anos.
O leilão do trem-bala está programado para ocorrer no dia 29 de maio de 2013 na BM&F Bovespa. Ganhará o leilão o consórcio que oferecer o maior valor para o pagamento pelo direito de uso da ferrovia.
Seja o primeiro a comentar