Bombardier considera TAV brasileiro um bom negócio

Às vésperas de o governo publicar o edital de concessão do trem da alta velocidade (TAV), o trem-bala, a fabricante de origem canadense Bombardier já não esconde que considera o empreendimento um bom negócio. “Ninguém duvida que a longo prazo seja um bom investimento”, diz André Guyvarch, presidente da companhia no Brasil, ao Valor – confirmando a mudança de posição da iniciativa privada após a remodelagem do projeto feita pelo governo.


Para o executivo, a demanda pelo serviço será alta principalmente pelo fato de os aeroportos mais próximos aos centros de São Paulo e Rio de Janeiro estarem cada vez mais saturados. Para ele, o único período mais preocupante serão os primeiros seis anos de operação (a concessão dura 40 anos). “Quando as pessoas se acostumarem a pegar trem em vez de avião, vai virar um negócio interessante”.


No entanto, a companhia ainda se vê em uma situação delicada. Caso decida entrar em um consórcio, será concorrente de vários clientes de operação ferroviária que tem pelo mundo. Esse é um dos motivos que fazem a companhia resistir à ideia de liderar uma sociedade na disputa pelo projeto. Outra é o fato de não ter papel de investidora nesse tipo de projeto, e sim de mera fornecedora. “Investir será função de companhias de operação ferroviária, de instituições financeiras e de fundos de pensão”.


A mesma ideia, de não liderar os investimentos, se repete entre os executivos de outras fabricantes, como disse a francesa Alstom em entrevista recente ao Valor. Por outro lado, as companhias de concessão – potenciais sócias na empreitada – defendem que todos os eventuais parceiros de consórcio façam grandes investimentos. Isso deve causar um imbróglio na formação de consórcios para disputar o leilão, prometido pelo governo para o ano que vem.


A Bombardier, conta Guyvarch, já teve conversas sobre o assunto com as principais companhias de concessão no país, como CCR, Invepar e Odebrecht TransPort. Segundo ele, ainda não há acordos para estudar o projeto em parceria com outras empresas.


Enquanto o edital do TAV não é publicado (a previsão é segunda-feira), a empresa contabiliza receitas com a produção do monotrilho (que usa pneus de borracha sobre concreto, e não sobre os tradicionais trilhos) para o Estado de São Paulo. A Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) encomendou, após licitação, 378 carros do gênero à Bombardier para a expansão de uma linha da capital.


Os carros estão sendo produzidos na fábrica recém-inaugurada de Hortolândia, interior de São Paulo, que recebeu US$ 15 milhões em investimentos.


Hoje, a fabricação do monotrilho em Hortolândia gera 30% das receitas brasileiras da companhia na unidade de transportes. Os outros 70% são oriundos de reforma e modernização de trens antigos – prática comum no metrô paulistano, que opera com trens fabricados ainda na década de 70. Em 2011, o faturamento no país se limitou a R$ 40 milhões. Neste ano, diz Guyvarch, vai fechar em R$ 70 milhões. E subirá para R$ 150 milhões em 2013 graças ao monotrilho, que nos próximos anos vai ser responsável por 70% das receitas. Em todo o mundo, a companhia registrou US$ 18 bilhões (R$ 37 bilhões) de faturamento em 2011.

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