O maior estaleiro do continente começará a funcionar parcialmente no final de janeiro do ano que vem. A previsão foi anunciada pela OSX, indústria do segmento naval e offshore do Grupo EBX, do empresário Eike Batista. Instalado no Superporto do Açu, em São João da Barra, a Unidade de Construção Naval (UCN Açu) está prevista para entrar em pleno funcionamento em junho de 2014. O investimento total gira em torno de R$ 3 bilhões.
Ivo Dworschak, gerente executivo da UCN, explica que a primeira fase do estaleiro a ser entregue, o Cais Norte, será utilizada enquanto o resto da unidade está sendo construído.
— O Cais permitirá a descarga direta de equipamentos e materiais por vias marítimas, como um pórtico que receberemos, de 1.600 toneladas — explica Dworschak, lembrando que das 23 unidades encomendadas para produção, 18 serão construídas na UCN Açu.
O gerente-executivo salienta que 85 profissionais que trabalharão em janeiro são formandos do Programa de Qualificação em Construção Naval, projeto desenvolvido numa parceria da OSX com o Senai. Iniciado este ano, o objetivo do programa é qualificar a mão de obra local.
— Profissionais como soldadores e eletricistas foram admitidos e já recebem o treinamento complementar — adianta Dworschak.
Em ritmo acelerado de testes
Outra obra do Superporto do Açu em fase adiantada — e também próxima ao canal de navegação do terminal TX2 — é a estrutura de transporte de minério de ferro da LLX, empresa logística do Grupo EBX. Similar a uma montanha-russa, a composição tem oito quilômetros de extensão e recebe o minério de ferro transportado, via mineroduto, desde Conceição do Mato Dentro, em Minas Gerais. Ao chegar ao porto, a matéria-prima é estocada para a exportação.
Além de realizar o transporte final do minério, o equipamento tem a função de decantar a água misturada ao composto para facilitar o transporte. Segundo a LLX, a previsão é que as operações comecem em 2014, mesmo ano de entrega do TX2. Outra empresa com previsão para começar a funcionar no primeiro trimestre de 2013 é a Flexibras Tubos Flexíveis, do grupo francês Technip. A nova fábrica, com 300 mil metros quadrados, produzirá tubos flexíveis para apoio offshore no porto.
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