O futuro dos investimentos da Vale em Mendoza, Argentina, deve ser o principal tema da reunião entre Cristina Kirchner e Dilma Rousseff no próximo dia 7 de março, no Calafate (Patagônia).
As duas se reunirão na cidade que é uma espécie de feudo dos Kirchner. Desde o princípio dos anos 2000, a família investe no turismo ali, sendo dona, entre outras coisas, dos dois principais hotéis de luxo da cidade.
Reavaliação
O futuro do empreendimento de potássio da Vale em Rio Colorado está em suspenso desde que a companhia decidiu reavaliar o investimento, no final do ano passado. Até agora, já foi gasto US$ 1 bilhão no projeto, de uma previsão de US$ 6 bilhões (leia quadro abaixo).
A companhia nega que tenha desistido e afirma que o projeto está em avaliação.
A Vale dispensou os trabalhadores no dia 22 de dezembro para o recesso de final de ano e a paralisação das atividades foi estendida. A empresa possui 4.500 funcionários.
Condições
Segundo fontes ouvidas pelo jornal “Clarín”, a Vale estaria pedindo duas condições para seguir o investimento: a isenção dos tributos e um reajuste do tipo de câmbio. A Vale nega.
Fontes do mercado dizem que empresa pediu ao governo argentino uma antecipação do IVA (imposto sobre valor agregado).
Na última semana, a empresa chegou a um acordo com o governo de Mendoza para postergar até 29 de fevereiro o prazo para apresentar o cronograma para uma possível retomada das obras.
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