Na primeira reunião de esclarecimentos do Trem de Alta Velocidade (TAV), realizada no dia 29 de janeiro, em São Paulo (SP), empresas de sete países estiveram presentes e se manifestaram para sanar suas dúvidas. A reunião desta terça-feira (19/03) contou com a presença de 70 pessoas, que representavam empresas como Siemens, Alstom, Mitsui, CAF , Toshiba, Talgo, Finmeccanica e Bombardier, mas apenas as duas últimas fizeram questionamentos.
A canadense Bombardier quis saber se duas empresas diferentes e pertencentes ao mesmo grupo econômico podem participar cada uma como membro de dois consórcios diferentes e concorrentes. A resposta da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) foi negativa. O superintendente executivo da ANTT, Roberto Dias David, explicou que nenhuma empresa que já esteja em um dos consórcios pode participar de outro e a proibição se estende para suas contratadas e coligadas.
A Bombardier também perguntou se a empresa pode apresentar um trem com características tecnológicas superiores ao proposto na fase de pré-qualificação, que tenha sido desenvolvido durante a licitação, contratação, construção e entrada em operação. Segundo a ANTT, este trem pode ser proposto caso ele seja uma evolução do trem anteriormente apresentado ao poder concedente, que analisará o interesse ou não de sua aceitação.
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A italiana Finmeccanica quis confirmar se o volume trem /quilômetro equivalente resultante do indicado pelo proponente, na sessão operação ferroviária do projeto funcional, não tem efeito na nota final. A ANTT esclareceu que o quantitativo de trem quilômetro equivalente, calculado pela proponente, não tem influência direta no cálculo da nota final, porém, terá impacto indireto se for fundamental no valor de pagamento da outorga.
Para o superintendente executivo da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Roberto Dias David, os poucos questionamentos desta segunda reunião são reflexos da maturidade do processo. “Temos um edital que foi amplamente discutido e apresentado e acreditamos que ele já tenha sido compreendido pelas empresas que pretendem participar do projeto do TAV”.
David também disse que as perguntas que têm chegado à ANTT via Internet são, em sua maioria, do âmbito formal. “Não temos recebido mais perguntas do ponto de vista técnico dos estudos, o que ainda recebemos são dúvidas quanto às regras do edital, mas estas estão sendo esclarecidas”.
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