Até agora, o plano era licitar os trechos separadamente, mas o governo federal quer ter apenas um único gestor para toda a infraestrutura, afirma o diretor da EPL (Empresa de Pesquisa e Logística), Hederverton Santos.
O Ferroanel de São Paulo é uma obra com, pelo menos, dez anos de atraso, embora seja necessário para resolver dois problemas: tirar os trens de carga da linha que serve ao transporte de passageiros na capital e ampliar a performance da ferrovia no transporte de carga para o porto de Santos, o maior do país.
Hoje, a MRS Logística -uma das operadoras ferroviárias de carga no país- enfrenta restrições operacionais por ter de partilhar a linha férrea que corta a cidade de SP com a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos.
A MRS tem poucas horas na madrugada para movimentar comboios de carga pela linha que passa pela estação da Luz, no centro da capital, rumo à estação de Paranapiacaba, no alto da Serra do Mar.
Quando o Ferroanel estiver pronto, os trens carregados com produtos agrícolas, minério de ferro e carga geral darão a volta pela cidade até alcançar a linha férrea que liga Paranapiacaba a Cubatão.
Estágios
Para conseguir licitar o empreendimento até dezembro, o governo federal terá de acelerar a elaboração dos projetos básicos. Para isso, fechou acordo com o Estado de SP.
No caso do trecho sul do anel ferroviário, a EPL pediu à Dersa o projeto executivo feito para o do Rodoanel, que já foi construído. A ideia é ter uma linha férrea seguindo ao lado da rodovia.
No caso do Ferroanel Norte, o governo federal quer aproveitar o início da obra do Rodoanel Norte para antecipar parte da ferrovia.
O plano, negociado com São Paulo, é pedir aos consórcios que já iniciaram a obra do Rodoanel que alarguem a faixa de terraplenagem, já considerando as duas infraestruturas.
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