Os Gradin entram em transporte de cargas

A GranEnergia, companhia controlada pela GranInvestimentos, holding da família Gradin, anuncia hoje a criação da MTO, empresa multimodal voltada para o transporte de cargas de alto valor agregado. A nova operadora logística fechou parceria com a MRS Logística para utilizar a malha da ferrovia entre Rio de Janeiro e São Paulo. A companhia iniciará suas operações no primeiro trimestre de 2015 e investirá R$ 330 milhões nessa primeira fase do projeto.


Os aportes podem atingir R$ 1 bilhão até 2020, quando os planos de expansão da MTO estiverem concluídos, o que inclui transporte por hidrovia e marítimo, além de outras rotas fora do eixo Rio-São Paulo. “Vamos oferecer soluções integradas ‘door to door’ [porta a porta] para indústrias”, afirmou Miguel Gradin, presidente da GranEnergia, empresa voltada para serviços de logística e atuação no setor de óleo e gás (O&G). A MTO, fundada em fevereiro, tem como acionistas a GranEnergia, com 85% de participação, e a Infra Partners Investimentos em Logística, especializada no desenvolvimento de negócios logísticos, com outros 15%. André Chiarini, presidente da Infra Partners, vai comandar a nova companhia. Antes da Infra Partners, Chiarini passou pela TNT e pela Vale na área logística.


A MTO já adquiriu dois terrenos – um deles em Mogi das Cruzes (SP) e outro em Queimados (RJ), onde serão instalados os terminais multimodais e armazéns que vão acomodar as cargas transportadas pela empresa – produtos de bens de consumo, como eletrônicos, higiene e limpeza, alimentos e bebidas, além de cargas de óleo e gás.


A expectativa é movimentar até 2018 cerca de 1 milhão de toneladas em produtos por ano – ou 5% total volume escoado no trecho Rio-São Paulo, de cerca de 400 quilômetros, e atingir 1,15 milhão de toneladas até 2020. “O escoamento via ferrovia ajudará desafogar a Dutra [rodovia]. É um projeto sustentável”, afirmou Gradin. Por ano, a via Dutra movimenta cerca de 20 milhões de toneladas de produtos, no percurso Rio-São Paulo (dados com base no ano de 2011).


“É um acordo importante porque transportaremos produtos manufaturados, o que é novo para a MRS. E complementar, uma vez que a MTO fará o todo o serviço rodoviário”, afirmou Sérgio Garcia, diretor comercial da MRS.


A MTO vai utilizar caminhões para a coleta de mercadorias no fabricante e levar os produtos até os armazéns da companhia – instalados em Mogi das Cruzes e Queimados. Dos armazéns, os produtos serão acomodados em contêineres próprios da operadora logística e seguirá em vagões da MRS até o terminal multimodal de destino. A distribuição também será feita por caminhões de pequeno porte com acesso a trechos urbanos.


Segundo Chiarini, a frota de caminhões utilizada pela MTO não será própria. “Vamos gerenciar as empresas de coleta e distribuição por meio de parcerias.” No futuro, a MTO poderá investir em locomotivas próprias, na segunda fase do projeto, que será estendido a outras regiões. Para essa primeira fase, a operadora fechou acordo com a MRS para esse serviço. Somente os contêineres onde serão transportados os produtos pertencem à MTO. A parceria com a concessionária férrea envolve dois trens expressos por dia em cada sentido. Cada trem poderá levar até 88 contêineres por destino.


Cerca de 40% dos aportes iniciais de R$ 330 milhões vão ser empregados nos dois primeiros anos de operação da companhia, afirmou Gradin. “Serão aplicados nas aquisições dos terrenos [já comprados], construções de terminais, equipamentos e softwares”, disse. Parte desse dinheiro virá de recursos próprios da holding GranInvestimentos e o restante será levantado no mercado, com bancos privados e públicos.


Atualmente, 64% das cargas transportadas no Brasil são por rodovias. Só para comparar, nos Estados Unidos apenas 29% são efetuadas por caminhões.


Bernardo e Miguel Gradin tiveram boa parte de suas carreiras dedicadas ao grupo Odebrecht. Desde o fim de 2010, no entanto, as duas famílias estão envolvidas em uma disputa judicial, na qual discutem a validade do exercício de opção de compra de uma fatia de 20,6% das ações da Odebrecht Investimentos (Odbinv) que pertence aos Gradin. Bernardo está à frente da GranBio (ex-GraalBio), braço de biocombustíveis da holding.

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