A polícia desmontou nesta quinta-feira (2) um esquema de furto de toneladas de soja dos trens que atravessam a cidade e que envolve pelo menos 50 pessoas, a maioria de moradores de Santa Adélia (SP). O esquema funcionava havia seis meses.
Os policiais civis entraram em várias casas que ficam próximas à ferrovia. Dentro delas, toneladas de soja espalhadas pelos cômodos. Em uma delas, 150 sacas ocupavam a sala e a cozinha. A operação chegou aos principais suspeitos de coordenar o esquema.
Na casa do homem apontado pela polícia como chefe dos saqueadores, foram encontradas ferramentas usadas para arrancar os lacres e abrir os vagões. Tudo foi apreendido e foi preciso um caminhão para retirar a carga.
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Em cinco casas, três toneladas de soja foram apreendidas. Segundo a polícia, o esquema começa com um grupo contratado para quebrar os lacres dos vagões. A soja é escoada e cai na linha férrea. Outras pessoas ficam encarregadas de recolher os grãos e guardar em casa até a venda. As investigações apontam que o esquema funcionava há pelo menos seis meses.
Depois das denúncias, a carga que seria furtada ficou abandonada na linha do trem. Em alguns pontos é tanta soja que chega a cobrir os trilhos. Funcionários da concessionária passaram o dia tentando recolher os grãos. Dezenas de suspeitos vão responder por furto em liberdade. Agora, a polícia investiga para quem a carga furtada era vendida.
A corregedoria da Polícia Militar também recebeu denúncias de que policiais estariam envolvidos no esquema e seriam coniventes com os furtos, mas ela não confirma se existe ou não uma investigação sobre suspeita participação de policiais no esquema.
A concessionária que administra a ferrovia informou em nota que colaborou com a polícia e reforçou a segurança dos trens. Disse ainda que 80% dos furtos a composições no estado acontecem na região de Santa Adélia.
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