Nesta quinta-feira, no terceiro dia do novo esquema de vendas pela internet para acesso ao Cristo Redentor, os prejuízos já são contabilizados. O trem que leva até o topo do Corcovado tem subido os trilhos vazio, com uma média de 35 pessoas: a lotação é de 350 passageiros. Na estação, onde não é mais possível comprar os ingressos, as lojas tiveram queda de 80% na venda de suvenires. “Antes, a loja estava sempre cheia, não importava o horário”, diz a vendedora Eliane Vasques.
Para Sávio Neves, presidente da empresa Trem do Corcovado, a decisão da prefeitura de concentrar as vendas pela internet fez o movimento despencar. “A única forma de adquirir um passaporte sem usar a internet é num quiosque na Rua da Candelária, mas ninguém vai lá.”
George Irmes, presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens, conta que a entidade não foi procurada pela prefeitura. “Nós, que fazemos o turismo no Rio, não fomos consultados sobre isso. Estamos recebendo centenas de reclamações”.
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As reclamações incluem a instabilidade do site para a compra dos ingressos e falta de orientações por parte da prefeitura. Ontem, turistas se dividiam entre os que recebiam a notícia e desistiam do passeio e os que tentavam, sem sucesso, a compra, com celulares e tablets. Pela primeira vez no Rio, André Nunes, 27 anos, e Roni Lima, 25, moradores de Rondônia, teclavam seus celulares. “Já estamos tentando comprar há uns 30 minutos, mas o site está horrível, estamos quase desistindo, infelizmente”.
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