Um trem da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) de João Pessoa descarrilou na manhã desta quinta-feira (13). De acordo com a assessoria do órgão, o trem vinha de Santa Rita para João Pessoa e o acidente aconteceu no trecho entre as estações de Várzea Nova e a BR-101. Um deslizamento de terra encobriu a linha.
Por conta do acúmulo de areia, a roda dianteira da locomotiva saiu do trilho, mas não houve maiores problemas. A equipe de manutenção da CBTU está no local para recarrilhar o vagão, mas não há previsão para que o serviço volte a funcionar.
O tráfego está normal entre João Pessoa e Cabedelo. A assessoria acrescentou ainda que esse tipo de problema não é comum e que as chuvas teriam sido a principal causa do deslizamento no trecho, que é bem conservado.
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Projeto de traçado do VLT é apresentado à comunidade Lauro Vieira Chaves
Da janela da igreja Assembleia de Deus, na comunidade Lauro Vieira Chaves (LVC), no Aeroporto, dona Meiriam Bento, 50, acompanhava com atenção a apresentação do projeto de traçado do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), ramal Parangaba-Mucuripe. “Ainda não consegui entender direito. Minha casa vai ser destruída ou não?”, interrogava dona Miriam.
Só ontem, Governo e empresas responsáveis pelo gerenciamento das obras de construção dos trens e desapropriações foram até a comunidade conversar com os moradores. O encontro foi solicitado, principalmente, pelas pessoas que serão retiradas do local para a implantação dos VLTs. Pelo menos, 51 famílias serão removidas, segundo Ivanildo Teixeira Lopes, líder comunitário, integrante da comissão que medeia o processo de negociação entre Estado e LVC.
A assessoria da Secretaria da Infraestrutura do Estado do Ceará (Seinfra) diz que o número ainda não está consolidado. O plano, conforme explicado na reunião, é remanejar as famílias para um empreendimento já intitulado Cidade Jardim, no José Walter, ideia que não agrada aos moradores. “Vou nada, tem nem perigo. Aqui é um local maravilhoso para morar”, declarou a aposentada Maria Salete Silva, 62, que vive na comunidade LVC há 43 anos.
Por isso, os moradores apresentaram ontem uma proposta de realocação do pessoal prejudicado para um terreno próximo ao espaço atual onde moram.
Uma das dúvidas mais recorrentes dos moradores referia-se aos danos que o início das obras já vêm causando às casas, como rachaduras. O engenheiro civil Bruno Müller, do consórcio Concremat /Setec, gerenciador das intervenções, garantiu análises e, se necessário, indenizações.
Não foram informadas datas sobre o remanejamento dos moradores nem quando o residencial planejado ficará pronto. Nenhum dos representantes do Governo e das empresas contratadas para as obras – Mosaico e Consórcio Cencremat/Setec Engenharia falou com a imprensa.
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