Em visita a Cuiabá nesta terça-feira (31), o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, afirmou que Mato Grosso faz parte dos Estados brasileiros que cresceram desordenadamente nos últimos anos. Segundo ele, o excesso de projetos em viabilização exauriu os recursos disponíveis.
Após uma reunião com o governador Silval Barbosa (PMDB), além de membros da Superintendência do Desenvolvimento do Centro Oeste (Sudeco) e do Conselho Deliberativo do Desenvolvimento do Centro Oeste (Condel), o ministro disse ainda que o peemedebista, em uma espécie de desabafo, revelou que as receitas do Estado estão em crise.
“O Silval me falou da angústia que ele sente por tocar um Estado que cresce muito, mas as receitas não acompanham o mesmo ritmo. Há diversas obras em andamento como hidrovias, ferrovia, projetos para a Saúde, Educação e estradas que precisam de aporte financeiro por parte do governo federal. Nossa proposta é que os Estados façam uma pactuação de metas”, explicou ele.
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Segundo Fernando Bezerra, a presidente Dilma Rousseff (PT) tem estimulado a realização de encontros como o de ontem. Esta foi a segunda reunião ordinária do Condel.
“Estamos iniciando uma nova política nacional do desenvolvimento regional. A presidente Dilma quer ouvir as propostas de todas as áreas do governo no país”, disse o ministro. A ideia é que até setembro deste ano já exista dados para iniciar os projetos para Mato Grosso.
O governador, por sua vez, afirmou haver uma grande expectativa. Ele relembrou a implantação da Ferrovia Senador Vicente Vuolo, que se encontra parada próximo a Rondonópolis. O projeto está em fase de viabilização há cerca de 30 anos.
“Os investimentos são feitos de forma gradativa. A proposta do governo federal não é diferente do MT Integrado que fazemos aqui. Estamos recebendo uma contrapartida do governo e vamos elencar os projetos públicos e escolher os que precisam de suporte. Temos, por exemplo, a ferrovia. Estamos há trinta anos tentando fazer com que ela chegue a Cuiabá”, disse Silval.
O Condel é responsável pela aprovação de planos que promovem setores relevantes da economia regional. Ao conselho ainda é atribuído a operacionalização de instrumentos, como o Plano Regional de Desenvolvimento do Centro-Oeste (PDCO), o Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste (FDCO) e o FCO.
Participam do conselho além do ministro da Integração Nacional, os ministros da Fazenda e do Planejamento, Orçamento e Gestão, os governadores de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e do Distrito Federal, o diretor-superintendente da Sudeco, e o presidente do Banco do Brasil S.A., administradora do FCO.
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