Representantes das concessionárias ferroviárias de carga – América Latina Logística (ALL), Ferrovia Centro Atlântica (FCA), Ferrovia Tereza Cristina (FTC), MRS Logística, Transnordestina Logística e Vale -, integrantes do Comitê Operacional (CO) da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), entregaram ao deputado federal Pedro Uczai (PT/SC), no dia 28, na Câmara dos Deputados, uma proposta de alteração do artigo 212 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Na redação sugerida, além de parar o veículo antes de cruzar a linha férrea, o motorista que atravessar os trilhos em situação de risco evidente, também será punido com multa e perda de sete pontos na carteira de habilitação. “O objetivo da alteração é o de criar uma obrigação clara de adoção de atitudes preventivas por parte dos motoristas nos cruzamentos rodoferroviários”, destacou o coordenador do CO da ANTF, Abel Passagnolo, representante da FTC.
No Brasil, hoje, existem aproximadamente de 12,3 mil cruzamentos entre ferrovias e rodovias ou ferrovias e estradas, as chamadas passagens em nível, dentre as quais 2.659 são consideradas críticas. Mais de 60% dos acidentes envolvendo trens acontecem nesses cruzamentos e têm como principal causa à imprudência de motoristas e pedestres.
POD NOS TRILHOS
- Investimentos, projetos e desafios da CCR na mobilidade urbana
- O projeto de renovação de 560 km de vias da MRS
- Da expansão da Malha Norte às obras na Malha Paulista: os projetos da Rumo no setor ferroviário
- TIC Trens: o sonho começa a virar realidade
- SP nos Trilhos: os projetos ferroviários na carteira do estado
O especialista em Análise de Risco da MRS, Aloysio Libano, destacou ao deputado que as concessionárias investem maciçamente em melhorias operacionais, equipamentos e campanhas de segurança para reduzir acidentes nas ferrovias. O resultado positivo pode ser comprovado pela queda na quantidade de acidentes, que de 3,7 mil em 1997 baixou para 952 em 2012. “Mas, precisamos fazer mais para despertar a consciência da população. A frenagem de um trem de carga é diferente de um automóvel”, afirma Libano. Após acionar os freios, uma composição com 80 vagões carregados precisa de no mínimo um quilômetro para parar completamente.
Seja o primeiro a comentar