TAV em Londres impulsiona mercado imobiliário

O projeto do trem de alta velocidade de Londres está ajudando a impulsionar um surto de crescimento de construções de escritórios na City, o centro financeiro da cidade, enquanto investidores revitalizam lugares velhos como o Smithfield Market perto de futuros terminais de transporte.


A Henderson Global Investors está transformando o Smithfield, por vários séculos um centro de empacotamento de carne, num vistoso prédio de escritórios, enquanto a moderníssima estação da Crossrail é construída em Farringdon, cerca de um minuto a pé ao norte. O Goldman Sachs Group, a Axa e o Land Securities Group também possuem imóveis na faixa ocidental do distrito financeiro.


As construtoras da área estão se beneficiando num momento em que empresas de tecnologia, de mídia e de telecomunicações procuram prédios novos e remodelados, segundo Clive Castles, diretor da Henderson encarregado dos imóveis comerciais da empresa em Londres. “Isso ajudou a compensar a fragilidade da demanda da parte do setor bancário e financeiro.”


A Crossrail vai reduzir os tempos de transportes à metade, o que instiga inquilinos a alugar escritórios em partes da City em outros tempos negligenciadas. Planos de construção de prédios de Farringdon até Smithfield e para o sul, passando pela estação ferroviária de Thameslink, representam a maior série de lançamentos imobiliários da City desde 2011, quando um grupo de torres foi erguido perto de um prédio do Lloyds de Londres, disse Peter Rees, a autoridade de planejamento da City.


A Axa já se beneficiou da demanda das empresas de tecnologia por espaço. A Amazon.com firmou, alguns meses atrás, o contrato de aluguel de um imóvel construído pela divisão imobiliária da seguradora francesa a uma distância inferior a uma caminhada de cinco minutos da estação de Farringdon. O nível de emprego dos setores de tecnologia, mídia e telecomunicações no centro de Londres vai subir para 306 mil pessoas neste ano, em relação às 259 mil de 2007, segundo previsão, de junho, do economista Dmitriy Gruzinov, da Oxford Economics.


Os aluguéis dos melhores prédios ao sul de Farringdon estão atualmente em 47,50 libras esterlinas por pé quadrado (US$ 821 por m2), em relação às 42,50 libras esterlinas do ano passado (US$ 734,4 por m2), segundo estimativa de julho da imobiliária Jones Lang LaSalle. Esses valores devem ser comparados com as 95 libras esterlinas pagas pelo pé quadrado (US$ 1.642,2 por m2) no West End de Londres e às 55 libras esterlinas desembolsadas no centro da City, disse a imobiliária em relatório.


Não são só os baixos aluguéis que estão atraindo as empresas de tecnologia. Farringdon e a área adjacente de Clerkenwell são considerados um bairro da moda, com estúdios de design, oficinas e galerias de artistas bem como clubes, bares e restaurantes, entre os quais a casa muito próxima do “chef” celebridade Fergus Henderson, a St. John, em Smithfield.


O projeto de Smithfield, de 160 milhões de libras esterlinas (US$ 248 milhões), da Henderson Global, abarcará 16.260 m2 de escritórios e 5.570 m2 de lojas ao lado do mercado de carne bovina e de aves. A maior parte das construções vitorianas do lugar e a totalidade do antigo mercado de peixe serão mantidas. Farringdon não é a única parte de Londres que deverá se beneficiar das modernas ligações de transportes.


A Crossrail deverá acrescentar até 5,5 bilhões de libras esterlinas (US$ 8,525 bilhões) ao valor dos imóveis em toda a capital britânica, segundo estudo da consultoria imobiliária GVA Grimley encomendada pela Crossrail.


A Crossrail vai redesenhar completamente a paisagem dos mercados históricos de Londres de West End, Midtown e da City nos próximos três anos, disse James Lock, diretor executivo da divisão imobiliária do Blackston Group.


“Será um mercado do centro de Londres, e merecidamente”, disse Lock. “Não deveria haver essa distinção, apenas devido a determinados limites históricos, entre você pagar 55 libras esterlinas o pé quadrado (US$ 951,1 por m2) em Midtown ou você saber que pagará 10% a menos ou a mais a leste ou a oeste desse ponto.”


As divisões tradicionais da cidade continuam relevantes atualmente. Nenhum inquilino de escritório já se mudou para o arranha-céu Shard, o prédio mais alto da Europa Ocidental, mais de um ano após a torre do bairro de London Bridge, ao sul do rio Tâmisa, ter sido concluída. A construção do Pinnacle, uma torre de escritórios de 1 milhão de pés quadrados (92,903 mil m2) perto da estação ferroviária de Liverpool Street, na City, ficou paralisada por mais de um ano.


As construtoras que, em vez disso, optaram por erigir torres perto do distrito dos seguros da City de Londres se saíram melhor. Seguradoras procuraram espaço perto do prédio do Lloyds de Londres porque normalmente vão ao lugar para obter cotações personalizadas.


As seguradoras absorveram 20% do total do espaço de escritórios que as empresas concordaram em alugar no período de doze meses encerrado em março, comparativamente a uma média de cerca de 5% que ocuparam no período de dois anos concluído em 2007, segundo dados reunidos pela Jones Lang. Os bancos representaram apenas 17% dos contratos de escritório no ano passado, comparativamente à média de 28% correspondente ao intervalo de cinco anos encerrado em 2007, disse a imobiliária.


Entre os projetos que conquistaram inquilinos está o arranha-céu que o Canary Wharf Group e a Land Securities estão construindo na Fenchurch Street, número 20, na City, apelidado de Walkie Talkie. Mais da metade do espaço foi alugada no prédio, que deverá ser concluído no ano que vem.


Londres vai ganhar nove novas estações da Crossrail, entre as quais uma na Tottenham Court Road, onde a Land Securities e a Derwent London estão comprando terrenos e construindo escritórios e espaço residencial. A Land Securities e uma parceira receberam apoio de autoridades da área de planejamento para construir lojas e 18 apartamentos em Oxford Street, perto da entrada da estação de Tottenham Court Road.


A Land Securities também está apostando no corredor entre Farringdon e a Thameslink da City. O maior fundo de investimento imobiliário do Reino Unido está construindo um projeto de 260 milhões de libras esterlinas (US$ 403 milhões) em frente à estação ferroviária terrestre sem ter assinado um único contrato de aluguel.


O principal executivo da Land Securities, Rob Noel, disse que construir na City pode ser arriscado e que os investidores precisam ter cautela para que os prédios que projetam não se tornem caros demais, diante da alta dos custos de construção. A empresa está satisfeita por já ter fechado um preço pela construção do imóvel, em vez de pactuá-lo mais para o fim do ano porque os custos de construção devem subir. “As pessoas pagam a mais por localidades porque acham que a receita dos aluguéis vai continuar a subir”, disse Noel em teleconferência em maio. “Elas não levam em consideração que os prédios são caros demais de construir. Ainda não chegamos nesse estágio, mas ele virá.”

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