Empresários saem de encontro com dúvidas

Liderado pela presidente Dilma Rousseff, o primeiro escalão econômico do governo realizou ontem em Nova York uma megaoperação para tentar convencer investidores a participar dos projetos de concessão de infraestrutura no Brasil. A sucessão de discursos, porém, não foi suficiente para dissipar dúvidas sobre regulação, segurança jurídica e retorno financeiro dos projetos.


Dilma fechou o evento com um discurso de 52 minutos, no qual afirmou que o Brasil precisa do capital privado e internacional para implantar no século 21 a agenda que os Estados Unidos cumpriram nos séculos 19 e 20: construção de ferrovias, rodovias, portos e aeroportos.


“Precisamos não só dos recursos, mas da gestão do setor privado, que é mais eficiente, mais ágil e de menor custo”, disse a presidente a uma plateia de 500 pessoas reunidas na sede do banco de investimentos Goldman Sachs.


Antes dela, falaram o ministro da Fazenda, Guido Mantega, do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.


Se for considerado o elenco, foi o maior esforço do governo no exterior para apresentar o programa de concessões. “Quem diria que a Dilma deixaria de encontrar o Obama e viria à Goldman Sachs? Imagine isso há cinco anos!”, era a piada que circulava entre os participantes, em uma referência à crise global que colocou o banco de investimentos americano no olho do furacão.


As autoridades tentaram convencer os investidores de que são infundadas as dúvidas em relação à robusteza fiscal, à inflação, ao baixo potencial de crescimento do Brasil e à segurança dos contratos. “O equilíbrio das contas públicas é precondição para o nosso crescimento”, declarou Dilma.


A presidente disse ainda que o aumento da produtividade e da competitividade são os grandes desafios atuais do País e apresentou as iniciativas do governo para capacitar mão de obra, com formação de técnicos, engenheiro e cientistas.


“O País formava mais advogados do que engenheiros e agora forma mais engenheiros do que advogados. Como disse meu ministro da Educação, advogado é custo e engenheiro é produtividade”, afirmou, no único momento em que foi aplaudida antes do fim do discurso.


Dúvidas. Mas as garantias verbais não foram suficientes para convencer os investidores presentes ao encontro. Representantes de bancos e fundos de investimentos saíram do evento com as mesmas incertezas que carregavam ao entrar.


O representante de uma instituição japonesa, que preferiu não se identificar, observou que a volatilidade na cotação do real representa um risco cambial que terá impacto no custo financeiro das operações.


As instituições estrangeiras vão captar recursos em dólar e emprestar para projetos que terão receita em reais no Brasil. Além disso, segundo ele, a retirada dos estímulos monetários nos Estados Unidos vai elevar os juros, o que também afetará os custos financeiros.


Na opinião de Alberto Ramos, Diretor de Pesquisa para a America Latina do Goldman Sachs, não é só o quadro macroeconômico de curto prazo que provoca apreensão nos investidores. Muitos acreditam que, mais do que cíclico, o cenário atual de baixo crescimento e inflação alta tem um componente estrutural importante, que pode limitar o potencial de crescimento do País por alguns anos.


Leia também:
Dilma e ministros, em bloco, tentam animar investidores

Governo vai cumprir só 8 dos 25 leilões programados

Borrowers who would look cash advance payday loans their short terms. payday loans

It is why would payday cash advance loan want more simultaneous loans. payday loans

Payday lenders so why payday loans online look at.

Bad lenders will be payday loans online credit bureau.

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*