Fábrica de trilhos está nos planos, mas gera polêmica

Um dos grandes produtores mundiais de minério de ferro, o Brasil deixou de produzir trilhos em meados da década de 1980, mas poderá voltar a ter fornecimento local se o governo federal levar adiante o plano de instalar uma fábrica, como sinalizou ao lançar o programa de concessões ferroviárias, que prevê a construção de uma malha de 10 mil quilômetros de linhas em 35 anos, com investimentos que somam R$ 91 bilhões. Mas no mercado a avaliação é de que a medida é inviável por falta de escala, sem contar o risco de encarecimento das obras e de criação de um monopólio no setor.


Para estimular a fabricação local, o governo federal, na prática, estabelece uma reserva de mercado. Isso porque incluiu nas regras das novas concessões a exigência de compra de 75% dos trilhos fabricados no Brasil durante o período de construção e de 50% na fase de manutenção.


Atualmente, as concessionárias importam principalmente do Japão, China, Europa e Estados Unidos o equivalente a 170 mil toneladas de trilho por ano, volume destinado à manutenção e recuperação da malha existente. No ano passado, elas injetaram R$ 4,79 bilhões no sistema ferroviário e a projeção é que irão aplicar mais R$ 16 bilhões nos próximos três anos em trilhos, material rodante (vagões e locomotivas), sistema de sinalização, comunicação e segurança na via, além de capacitação de pessoal.


Apesar do esperado incremento da demanda por trilhos em função dos vultosos investimentos no setor – do total previsto nas novas concessões, R$ 56 bilhões serão aplicados nos cinco primeiros anos -, Rodrigo Vilaça, presidente da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), considera o plano do governo impossível de ser concretizado. “A ideia é pertinente, mas o momento não permite isso e eu não visualizo essa condição nessa década”, afirma.


O principal motivo, segundo ele, é a falta de escala para produzir em uma quantidade necessária, que seria algo em torno de 400 mil a 430 mil toneladas de trilhos por ano, para garantir o retorno de um investimento que gira em torno de R$ 1 bilhão.


Nas contas do governo federal, as novas concessões ferroviárias podem gerar uma demanda de 1,5 milhão de toneladas de trilhos nos próximos anos, volume considerado suficiente para justificar a instalação de uma planta no Brasil com capacidade para produzir entre 250 mil e 300 mil toneladas anuais. Ligada ao Ministério da Integração Nacional, a Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) tem planos financiar um empreendimento desse tipo em sua área de atuação.


O local para abrigar a fábrica não está definido, mas uma possibilidade é a região de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, próximo à fronteira com a Bolívia, onde existe uma jazida de minério de ferro, explica Marcelo Dourado, superintendente da autarquia.


O plano da Sudeco é financiar a nova fábrica de trilhos com recursos do Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste (FDCO). Na avaliação do superintendente da autarquia, a planta brasileira poderia produzir trilhos não apenas para o consumo interno – atendendo a demanda da ferrovia Brasília-Goiânia, assim como do projeto do primeiro trecho das novas concessões, que liga o Maranhão ao Pará -, como também para exportação.

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