A brasileira Trans Sistemas de Transportes (T’Trans) e a empresa de investimentos alemã Quantum Capital fazem parte do único grupo que fez proposta de compra e apresentou um plano de negócios pela Firema Trasporti Spa , empresa ferroviária italiana que estava em processo de liquidação desde agosto de 2010. A proposta de compra é de 10 milhões de euros e o plano de negócios de outros 10 milhões de euros. A negociação esta em andamento e o prazo para a transferência é 31 de dezembro deste ano.
O plano de investimentos é de cinco anos, a ser iniciado em janeiro de 2014, e inclui melhorias nas instalações atuais da Firema e na estruturação da equipe de trabalho. T´Trans e Quantum contam com o apoio do escritório Proema de Avellino para a negociação.
A Firema é um grupo italiano que tem quatro unidades. Em Caserta fica a sede da empresa, em uma área de 110 mil metros quadrados usada para produção de VLTs, carros de metrô, trens diesel e locomotivas. Em Milão está instalado o escritório de projetos; em Tito Scalo a unidade de motores e em Spello a área de manutenção ferroviária. A Firema também tem expericência em sistemas de alta velocidade – ela participou do consórcio que fez o novo TAV italiano ETR500.
Na sociedade com a Quantum para a aquisição da Firema, a T´Trans é majoritária. Segundo o presidente da T´Trans, Massimo Giavina, a aquisição irá complementar a atuação da empresa no Brasil e a participação no mercado europeu. Giavina explica que já existem negócios em andamento na Itália, onde esteve algumas vezes neste ano para conversar com as ferrovias do Norte da Itália como a Ferrovie dello Stato e com a rede ferroviária de Nápoles, com quem está negociando novos trens e modernização dos atuais. “Vou ter a tecnologia. A ideia é fazer, no mínimo, 60% no Brasil e 40% na Itália, nos novos negócios”, explicou Giavina.
A T´Trans atua no mercado brasileiro de material rodante e sistemas fixos, que inclue a bilhetagem, telecomunicação, sinalização, energia e auxiliares. A empresa fez os veículos do Aeromóvel de Porto Alegre; está modernizando trens para o Metrô de São Paulo e SuperVia; faz a manutenção de material rodante e bilhetagem da CPTM; e fará o fornecimento dos sistemas fixos do VLT da Baixada Santista e a produção dos novos bondes para Santa Teresa, no Rio de Janeiro.
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