Tumulto em túnel do metrô deixa 20 feridos em SP

Um tumulto dentro do túnel de conexão entre as Estações Paulista (da Linha 4-Amarela) e Consolação (da Linha 2-Verde) do Metrô, às 8h05 desta quarta-feira, 4, deixou passageiros em pânico. Pelo menos 20 pessoas ficaram feridas e precisaram de socorro médico – 16 delas tiveram de ser encaminhadas para o Hospital das Clínicas e para a Santa Casa, ambos na região central de São Paulo.


Assustados com a correria dentro do túnel estreito, os passageiros buscavam rotas de fuga, chegando à plataforma da Estação Consolação e ao mezanino da Estação Paulista. Os feridos foram pisoteados. Entre os 16 socorridos, havia duas grávidas. As vítimas tiveram escoriações e nenhuma delas corria risco de morte. À noite, quatro feridas, todas mulheres, ainda passavam por exames, segundo o Hospital das Clínicas.


Conforme a ViaQuatro, empresa privada que administra a Linha 4-Amarela, o tumulto começou depois que uma das esteiras rolantes instaladas no túnel parou repentinamente. Os usuários caíram uns sobre os outros, parando o fluxo de passageiros. Segundo a companhia, o sistema é desligado quando há grande número de pessoas no túnel – ontem, porém, a esteira quebrou. A empresa afirma que levou os feridos para os hospitais em viaturas próprias.


Por causa da confusão, os suportes dos cordões que separam o fluxo de passageiros caíram, o que fez muita gente pensar em tiroteio. A Polícia Militar chegou a ser chamada. “Eu estava já perto da escada rolante, para sair pela Estação Paulista, quando as pessoas de trás vieram correndo, dizendo que era um tiroteio. Os seguranças, na minha frente, pediam calma e tentavam conter todo mundo, mas a gente ignorou. As pessoas correram na escada rolante, com as mulheres perdendo os sapatos”, conta o analista Rafael Resende, de 24 anos.


Histórico. A situação é exatamente igual à ocorrida em janeiro, quando um tumulto também fez as pessoas acreditarem que havia um tiroteio e 11 passageiros ficaram feridos.


Na ocasião, o promotor público de Habitação e Urbanismo Maurício Ribeiro Lopes abriu um inquérito civil para apurar a segurança da passagem subterrânea. “Requisitei informações para a ViaQuatro hoje (ontem) por causa dessa nova confusão”, disse o promotor. “Acredito que ali será preciso fazer uma forte campanha educativa para orientar os passageiros, porque a solução para a superlotação só chegará quando houver expansão da rede. Conforto, o Metrô não tem. Mas é preciso segurança”, afirmou Lopes.


Nova saída. As Estações da Luz, no centro, e Pinheiros, na zona oeste, que fazem conexão do metrô com a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), também já registraram tumultos parecidos neste ano. O Metrô tem um uma proposta para construir uma nova saída de passageiros no complexo que abriga as duas estações. Ela seria na Rua Bela Cintra, entre as duas paradas. Entretanto, a empresa não tem prazo para o início da obra nem previsão de quando ficará pronta.


‘Não tinha para onde correr’


A impressão é que havia passado um vendaval na estação do metrô. “Havia bolsas e objetos pelo chão, era uma cena devastadora”, descreve a assistente de vendas Regiane Brígido, de 34 anos, que estava saindo da Estação República, no sentido da Linha 2-Verde, quando foi atropelada. “A multidão me pegou e não tinha para onde correr. Não fui pisoteada porque mais gente caiu em cima de mim”, diz. Sandra Regina Soares de Lima, funcionária pública de 49 anos, afirma que estava na escada rolante, subindo em direção às esteiras, quando, de repente, a escada deu um solavanco, travou e começou a descer. “As pessoas começaram a gritar desesperadas, mais gente veio correndo das esteiras na minha direção e um funcionário chegou a dizer que havia tiroteio.” Na confusão, Sandra machucou o ombro e as duas pernas, além de ficar com as mãos esfoladas. Já Nathália Sousa Parra, estudante de 20 anos, teve uma luxação no braço e saiu do Hospital das Clínicas com uma tipoia. “Conforme caí, minha bolsa ficou presa com as pessoas atrás e acabei me machucando.” Duas grávidas foram atendidas no HC e liberadas.


Vítimas devem procurar a Justiça


*Felippe Mendonça


Todos os passageiros que foram vítimas do tumulto desta quarta-feira, 4, não só os feridos, podem pedir indenização ao Metrô e à ViaQuatro.
Quando compra a passagem, o consumidor contrata os serviços das empresas e espera ser transportado com segurança. Além disso, as pessoas não são coisas nem animais. Se ratos fossem submetidos a essa situação, o autor poderia ser processado por maus-tratos. Ações coletivas também podem pedir indenização e providências ao Estado.


*Felippe Mendonça é advogado, conseguiu R$ 15 mil de indenização da CPTM por causa da superlotação.


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