ALL negocia sociedade para setor portuário

A grupo de concessões de ferrovias América Latina Logística (ALL) deu um passo a mais em sua estratégia de disputar concessões no setor portuário. A empresa começou a negociar com potenciais parceiros uma sociedade para as oportunidades no segmento.


Segundo o diretor financeiro e de relações com investidores da ALL, Rodrigo Campos, a companhia estuda “fortemente” terminais na região onde atua – como Santos (SP) e Paranaguá (PR). “O modelo é extremamente positivo. O porto, quando mais produtivo, gera uma grande produtividade para a companhia”, afirma.


Segundo ele, os parceiros finais podem ser da área financeira, operadores logísticos de portos e até clientes da companhia, que estariam interessados em investir e depois receber as cargas da ferrovia. “Quem tiver um terminal vai precisar de carga. A gente tem condições de falar ‘se você fizer um investimento grande [no terminal], eu posso garantir o volume'”, diz.


Além disso, Campos afirma que a companhia já tem forte conhecimento no setor portuário. “O descarregamento no porto é o nosso cotidiano. A gente sabe em cada lugar qual o problema, se é em terminal, se é em berço, sabe o que funciona e o que não funciona. Então a gente consegue contribuir.”


Os terminais são, atualmente, a principal limitação da ALL para o crescimento operacional. Os números têm sido prejudicados a cada trimestre mesmo com o campo produzindo safras recordes. De julho a setembro, o volume transportado caiu 5,7% contra um ano antes. Em commodities agrícolas, ramo mais afetado pelos problemas nos portos, os volumes caíram 9,2%.


Mesmo com os problemas operacionais, a ALL conseguiu aumentar sua receita líquida em 4,1% contra um ano antes, para R$ 943,1 milhões. A melhoria foi proporcionada pelo aumento de 8,9% (contra um ano antes) nas tarifas da ALL em seus contratos – alta devida a aumento do diesel e inflação.


O resultado líquido acabou sendo impactado por maiores custos (aumento de 5%, para R$ 522 milhões) e por dois efeitos contábeis: um relacionado à controlada Vetria Mineração e outro às operações na Argentina, finalizadas em junho por decisão unilateral do governo argentino. A companhia já havia realizado uma baixa contábil no segundo trimestre devido à perda das concessões no país vizinho, mas um saldo remanescente de ativos voltou a afetar o balanço no terceiro trimestre. Esse impacto foi de R$ 25 milhões.


Em relação à controlada Vetria, empresa ainda não operacional, Campos afirma que o padrão contábil do IFRS exigiu a contabilização de um passivo futuro da ALL já neste trimestre. Segundo ele, quando a nova empresa entrar em operação, uma das sócias – a Vetorial Participações – deverá receber royalties pela exploração de sua antiga mina, que hoje é um ativo da Vetria. O item provocou uma despesa não caixa de R$ 33 milhões, diz Campos.


Sem parceira, plano para Santos continua


O diretor financeiro e de relações com investidores da América Latina Logística (ALL), Rodrigo Campos, disse que os planos para duplicar a ferrovia que liga o interior de São Paulo ao porto de Santos continuam, mesmo com o possível fim dos contratos com a Rumo Logística – empresa controlada pelo grupo Cosan.


Quando firmados, em 2009, os contratos entre ALL e Rumo previam a duplicação da ferrovia com recursos de R$ 970 milhões antecipados pela controlada da Cosan. Os recursos foram liberados, mas a licença para as obras não saiu (a linha atravessa uma área indígena) e os contratos entre as duas empresas serão agora reavaliados por meio de arbitragem. “A gente sempre vai querer a duplicação. É o [plano de] investimento mais importante que temos hoje. Grande parte dos esforços da companhia está direcionado para que isso ocorra o quanto antes.”


Campos evitou comentar a estimativa da companhia divulgada anteriormente de que a licença ambiental para as obras sairia ainda em 2013. Mas afirmou que, uma vez que a liberação saia, é possível concluir o investimento em um ano. “Os projetos [de engenharia] estão prontos”.


Ele ainda descartou que a companhia precise de uma injeção de capital para dar conta de novos investimentos. “Isso nunca foi uma conversa nossa”, disse.
A duplicação no caminho para Santos é, ao lado do setor portuário, o grande gargalo da ALL. Por esses dois motivos, a companhia vem enfrentando as já conhecidas dificuldades de operação e as consequentes multas pelo não cumprimento de contratos. Além da controlada da Cosan, nesse segmento a ALL tem pagado multas quando há não atendimento a Agrovia e Coopersucar.


Campos diz que a acusação de empresas do ramo sobre uma suposta contratação deliberada da ALL de cargas acima da capacidade da empresa são uma “falácia”.


Campos defende que, quando a maior parte desses contratos foi firmada, a companhia e o mercado em geral acreditavam em dois pilares para os negócios, que não se concretizaram. O primeiro era a duplicação da ferrovia. Só isso dobraria a capacidade da ALL no sistema paulista.


O segundo pilar seria o aumento de capacidade dos terminais no Porto de Santos, o que também não se concretizou. Segundo o diretor, esses problemas são contrários ao interesse da ALL. “É uma falácia. Todo o problema de descasamento entre volume e capacidade é alheio à nossa vontade”.


“Se o cliente não entregasse o volume combinado, a ALL também iria cobrar”, defende Luis Baldez, presidente da Associação Nacional dos Usuários do Transporte de Carga (Anut).


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