A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, se mostrou otimista quanto a concessão dos próximos trechos de rodovias, depois do sucesso do leilão desta quarta-feira. Gleisi acredita que há interesse do setor privado nas concessões. O leilão da BR-040 está marcado para 27 de dezembro, após ter sido aprovado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e publicado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) nesta quarta-feira. Com isso, o governo deverá cumprir a meta do Plano de Investimento em Logística (PIL) com a realização de cinco leilões neste ano.
– A expectativa é de confiança, são trechos de rodovias importantes do país, que tem demanda de tráfego – disse ela.
Segundo o edital aprovado pelo TCU para privatização da BR-040, a concessão prevê 11 praças de pedágios, com tarifa-teto média de R$ 0,0973 por quilômetro, o que equivale a uma tarifa de R$ 9,73 a cada 100 km percorridos. As praças de pedágio serão localizadas em Cristalina (Goiás); e nas cidades mineiras de Paracatu; Lagoa Grande; João Pinheiro; Canoeiros; Felixlândia; Curvelo; Sete Lagoas; Nova Lima; Carandaí; e Juiz de Fora.
A ministra se reuniu com o presidente do TCU, ministro Augusto Nardes, para conversar sobre os editais de concessão de ferrovias, portos e aeroportos. Sobre o leilão de ferrovias, a ministra disse que dois trechos em estudo, e que o governo vai adequar os editais “de acordo com as recomendações do TCU”, mas que ainda não recebeu todas as recomendações do Tribunal.
– Já externamos as garantias que vamos dar as ferrovias e obviamente vamos fazer mudanças na Valec como empresa gestora desse processo – afirmou.
Nardes disse ainda que o edital de concessão dos portos do Pará e de Santos serão avaliados pelo plenário em uma sessão extra no dia 11 de dezembro. A decisão foi tomada depois a reunião com Gleisi. Ele disse, no entanto, que não será possível analisar os editais de licitação de ferrovias, porque a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) não respondeu todos os questionamentos feitos pelo Tribunal.
– A ANTT não passou todas as informações necessárias que precisamos para fazer uma boa avaliação – disse o ministro.
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