Após anunciar o consórcio vencedor da Linha 6 – Laranja – do Metrô de São Paulo, o governo estadual planeja os próximos editais de Parceria Público-Privada (PPP). A Linha 18 – Bronze, que vai ligar a estação Tamanduateí, na Linha 2 – Verde, até a estação Djalma Dutra, em São Bernardo do Campo, passando por São Caetano, é a próxima que será licitada. O projeto tem custo de R$ 4 bilhões e previsão de construção de três a cinco anos. “É mais simples e rápido do que a linha 6 do metrô, uma vez que não será subterrâneo”, ressalta o secretário de Planejamento e Desenvolvimento Regional de São Paulo, Julio Semeghini.
O edital do projeto será discutido nesta semana pelo conselho gestor de PPP de São Paulo, que também vai debater os últimos detalhes do edital da PPP, que prevê a construção de 20 mil casas no centro de São Paulo.
Já o secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo, Jurandir Fernandes, afirmou que a tendência é de que todas as novas linhas sejam privatizadas. “As extensões das linhas atuais, como a 2 – Verde, nós iremos fazer, mas as novas devem ser realizadas pela iniciativa privada”, afirma.
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Mesmo garantindo que a linha 18 sairá do papel, o secretário admite que é difícil dar prazo. Já o projeto de trens regionais, ligando São Paulo a Campinas, Sorocaba, Jundiaí, Santos e São José dos Campos, ainda precisa ter um dos trechos viabilizado para os demais saírem do papel. “Ainda não tenho toda a coragem de falar em trens regionais, vamos tirar primeiro o de Jundiaí do papel para ver o apetite das empresas”, disse.
Para Jurandir Fernandes, o adiamento do trem de alta velocidade (TAV) deixa mais espaço para o projeto, que passa a ser o único foco das empresas no momento.
Linha 6 – Laranja. Já a linha 6 – Laranja, segundo o secretário, deve estar concluída em 2020. “A empresa poderá entregar o projeto por trecho. A expectativa é que o primeiro entre a Brasilândia (Região Norte) e Água Branca (Região Oeste) fique pronto em quatro anos”, disse. Ao todo, a linha terá 15,3 km de extensão e ligará Brasilândia até a estação São Joaquim, na região central. De acordo com o projeto, o trecho deve ser feito em 27 minutos.
A linha 6 – Laranja será o primeiro projeto de metrô que a iniciativa privada participará desde o início. Na linha 4 – Amarela, o governo paulista foi responsável por construir a linha que hoje é operada pela ViaQuatro.
O projeto está orçado em R$ 9,6 bilhões, de acordo com valores reajustados, informou a Secretaria de Transportes Metropolitano. No lançamento da linha, em janeiro, a estimativa era de que custasse R$ 7,8 bilhões.
O consórcio Move São Paulo, formado pelas empresas Odebrecht, Queiroz Galvão, UTC Participações e o fundo de Investimento Eco Realty, divulgou nota assumindo compromisso de contribuir para as melhorias em mobilidade urbana em São Paulo. “Vamos oferecer transporte com agilidade, conforto e segurança para milhares de passageiros.”
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