A indústria ferroviária deve fechar o ano de 2013 com a produção de vagões entre 2.200 e 2.400 unidades, uma queda de cerca de 20% em relação a 2012, que teve produção de 2.918 vagões. Em locomotivas, a produção deve ter um acréscimo de 25% em relação ao ano passado, com 85 a 90 unidades entregues, contra 70 em 2012. Já a produção de carros de passageiros deve ter um implemento de 9%, finalizando o ano com a fabricação de 225 carros, contra 207 do ano passado.
Os dados são do Sindicato Interestadual da Indústria de Materiais e Equipamentos Ferroviários e Rodoviários (Simefre), que estima que a indústria tenha faturamento no mesmo patamar de 2012, na ordem de R$ 4,3 bilhões em 2013. As previsões foram anunciadas no Encontro Anual do Simefre, realizado na última sexta-feira (06/12), em São Paulo.
Para 2014, a indústria deve produzir de 3.000 a 3.500 vagões; 60 locomotivas e 320 carros de passageiros.
Segundo o vice-presidente do Simefre, Luiz Fernando Ferrari, a visão do mercado no momento é de otimismo. “Hoje, nossas fábricas estão cheias, produzindo. Temos, hoje, uma situação estável”, declarou Ferrari ao apresentar os dados sobre a produção de carros de passageiros.
O executivo ressaltou que as compras eram mais centralizadas no Metrô de São Paulo e CPTM, mas atualmente outros sistemas estão contribuindo para o desempenho da indústria. Ele citou as encomendas para a Trensurb; para os sistemas da CBTU em Belo Horizonte, João Pessoa e Natal; a SuperVia e os projetos em andamento como o VLT da Baixada Santista e do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro.
Vicente Abate, diretor do Simefre e presidente da Abifer, apresentou a produção de vagões e locomotivas. Ele enfatizou que os gráficos de produção mostram uma “verdadeira montanha russa”, com altas e baixas. Ele explicou que 30% dos vagões produzidos neste ano foram para a o transporte de açúcar; outros 30% para celulose; 20% para minério e 20% para contêineres. Ele destacou que a MRS encomendou seis conjuntos de cinco vagões double-Stack para o projeto de transporte de contêineres empilhados, em parceria com a Contrail.
Abate explicou que o Simefre e a Abifer, juntamente com a ANTF, estão desenvolvendo um projeto de renovação da frota de vagões e locomotivas. A ideia é usar parte do valor pago pelo arrendamento para a renovação da frota. “Temos que fazer um pulmão até que o Programa de Investimentos em Logística esteja implantado”, disse ao falar da necessidade de renovação da frota e de novas encomendas para a indústria.
O presidente do Simefre, José Martins, enfatizou que está na hora de encontrar uma logística integrada entre a rodovia e a ferrovia. “Estamos perdendo competitividade internacional”, enfatizou.
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2001
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