A Defensoria Pública de São José do Rio Preto (438 km de São Paulo) fez cinco acordos de conciliação entre a ALL (América Latina Logística) e moradores próximos à ferrovia que tiveram prejuízos com um descarrilamento de trem no mês de novembro.
Oito pessoas morreram, entre elas duas crianças e uma gestante. Outras seis ficaram feridas e duas casas acabaram destruídas.
A defensoria convoca “as pessoas que se sentirem lesadas com o descarrilamento” para entrar em contato para tentar acordos. Eles estão sendo intermediados pelo defensor público Júlio César Tanone, que considera este o caminho mais rápido para resolver o problema das famílias.
“Ainda precisamos de muita coisa. Eles pagaram somente o básico. Deram casa, os móveis e um valor irrisório para roupas e alimentos”, disse a advogada de uma das vítimas, Grazieli Gonçalves.
De acordo com a assessoria da ALL, os moradores estão recebendo todo o suporte necessário, incluindo atendimento médico, psicológico e psiquiátrico.
A assessoria não quis revelar detalhes dos acordos mas, em nota, informou que a empresa “vem executando um cronograma de reuniões com as vítimas e atendendo as necessidades de primeira urgência. Os acordos finais [indenizações] ainda estão em fase de estudos por ambas as partes”.
O acidente aconteceu no dia 24 de novembro, no Jardim Conceição.
O trem carregado com milho descarrilou em uma passagem de nível, próximo ao centro da cidade. Um dos nove vagões da composição atingiu duas casas e provocou danos em outras duas.
A polícia investiga as causas do acidente. O inquérito deve ser concluído até o final do mês. Já se sabe que a velocidade permitida no local era de 25 km/h e o trem estava a 44 km/h.
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