Trens da Supervia voltam a circular depois de 13 horas

O descarrilamento de um trem na zona norte do Rio provocou o colapso de praticamente toda a rede de transportes na capital fluminense nesta quarta, 22, impedindo que milhares de pessoas seguissem para o trabalho. Por quase onze horas, nenhuma composição chegou à estação ferroviária Central do Brasil, por onde passam diariamente 600 mil pessoas em média. O acidente ocorreu às 5h15, perto da estação São Cristóvão, quando um trem descarrilado atingiu a estrutura que sustenta os cabos da rede aérea, interrompendo o fornecimento de energia nos cinco ramais operados pela concessionária Supervia, controlada pela construtora Odebrecht.


O trem que descarrilou e o suporte da rede aérea que caiu estão em uso há cinco décadas, e os dormentes na região ainda são de madeira. Houve reforço na frota de ônibus e nos trens do metrô, mas isso não impediu a superlotação e o caos para o cidadão que depende do transporte público, principalmente os moradores das zonas norte e oeste, além da Baixada Fluminense. O secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes, foi cercado por seguranças depois de ser hostilizado por usuários de trem, revoltados com o descaso. Nas estações e nas ruas não havia informação nem orientação para passageiros. Muitos foram obrigados a caminhar pelos trilhos. Em entrevista, Lopes atribuiu os problemas a décadas de abandono, apesar dos sete anos da atual gestão, e disse que os problemas enfrentados pelos usuários só vão melhorar em 2016, com a prometida renovação completa da frota e ampliação da capacidade. Quero registrar que não tivemos vítimas. Quando há paralisação total do sistema, não há plano de contingência que resolva o problema. Em fotografia tirada durante vistoria no local do acidente, Lopes aparece dando uma gargalhada. Depois, um usuário de trem irado foi na direção dele: FDP, você não anda de trem, não sabe o que a gente passa.


O governador Sérgio Cabral (PMDB), que em 2010 ampliou em mais 25 anos a concessão da Supervia (até 2048), cancelou sua participação em compromisso público previsto para as 10h30 no centro. Constante alvo de críticas em manifestações de rua desde junho, a Supervia é responsável por repetidos problemas de superlotação, atrasos, sucateamento e até agressões a usuários. A agência reguladora de transportes do Rio (Agetransp) informou que irá multar a concessionária por falhas detectadas no plano de contingência, na comunicação e no atendimento aos usuários do sistema. O valor da multa ainda não foi definido – o teto previsto em contrato representa 0,5% do faturamento da empresa em 2013. O laudo sobre a causa do acidente só sai em 30 dias. Neste momento, o que podemos fazer para reduzir a incidência de casos como esse é aumentar as vistorias e cobrar cuidados de manutenção, disse o representante da Agetransp, José Luiz Teixeira.


Especialista em transportes da Coppe/UFRJ, Paulo Cezar Ribeiro criticou a falta de um plano de contingência efetivo. Não houve ação rápida e faltou informação e orientação para os passageiros. O sistema precisa ser integrado. Já o presidente da SuperVia, Carlos José Cunha, disse que a empresa agiu rápido diante da extensão do problema e que sua equipe está de parabéns. Foi uma situação completamente atípica. Em três anos, foi a primeira ocorrência desse tipo. Ainda temos problemas, como trens e sistema antigos, mas estamos evoluindo, em processo de transformação.


De acordo com a Supervia, os ramais de Saracuruna e Belford Roxo voltaram a operar às 16 horas e os outros três (Deodoro, Japeri e Santa Cruz), somente às 18h15, treze horas após o acidente. As viagens, porém, ocorriam em intervalos de 15 minutos. Empresas de ônibus fazem cerca de 3 milhões de viagens por dia em média no Rio, mas não foi informado o total de usuários do sistema nesta quarta.


Oficialmente, 100% da frota foi colocada nas ruas. A concessionária Metrô Rio informou que transporta normalmente 690 mil pessoas por dia, mas também não havia balanço de hoje – todos os 49 trens operaram ao longo do dia. Duas estações (Triagem e Pavuna) precisam ser fechadas por causa da superlotação.


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