Fundos negociam para ter representação no acordo Cosan-ALL

Os fundos de pensão Previ (Fundo de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil), Funcef (da Caixa Econômica Federal) e a gestora de recursos BRZ (que tem como cotistas Funcef, Petros, Postalis, Forluz e Valia) já receberam propostas de bancos independentes para representá-los nas negociações que envolvem a incorporação da ALL pela Rumo, controlada pelo grupo Cosan.


Esses fundos buscam um consultor independente para estudar formas de maximizar o valor da ALL. Eles consideram que a proposta feita pela Rumo, de R$ 10,18 por ação, não é condizente com o tamanho do ativo.


Desde a semana passada, esses fundos, que fazem parte do atual bloco de controle da ferrovia, estão em conversas com bancos, conforme antecipou o Estado. Os termos da fusão entre a ALL e a Rumo anunciados na segunda-feira não agradaram ao grupo. O Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, apurou que os fundos de pensão Previ e Funcef e a BRZ consideram a operação como uma oferta hostil da Rumo. Eles também não se sentem representados pela Estáter, assessoria financeira contratada pela ALL. Segundo os fundos, a Estáter estaria mais alinhada com o BNDES e os acionistas privados da ALL. Eles se sentiram excluídos das negociações.


Na semana passada, os fundos começaram a conversar com bancos e pediram orçamentos. Credit Suisse, Itaú BBA e BR Partners foram consultados, segundo fontes ouvidas pelo Estado. BR Partners não comentou a informação. A assessoria do Itaú BBA nega e a do Credit Suisse não retornou.


O Broadcast apurou que orçamentos recebidos pelo grupo insatisfeito com a contratação da Estáter variam entre R$ 6 milhões e R$ 30 milhões, cifras bem abaixo do que a Estáter estaria cobrando.


Reunião. Ontem, em reunião com executivos da ALL, os fundos manifestaram-se contra a contratação da Estáter, que teria cobrado R$ 70 milhões para representar a ferrovia. A Estáter nega que seja esse o valor.


Segundo as mesmas fontes, as fundações queriam que esse valor ficasse entre US$ 5 milhões e US$ 15 milhões. No entanto, a Estáter foi confirmada como assessora da ALL.


As fundações já esperavam ser voto vencido por conta de o tema ser apreciado por votação simples. De acordo com as mesmas fontes, os controladores tentaram excluir a contratação da Estáter da votação, sugerindo que as fundações fizessem diretamente uma contraproposta para a Estáter. Os fundos foram contrários e fizeram questão de votar o tema e registrar o posicionamento contrário. Postura necessária para que o caso possa ser futuramente questionando na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) .


“Os fundos não querem barrar a negociação, mas buscam melhorar a proposta”, disse uma fonte. A expectativa dos fundos é que o preço das ações da ALL possa ficar até 40% acima da proposta da Cosan. No comunicado ao mercado, a ALL informou que foi fixado um valor de referência às ações da companhia em R$ 6,958 bilhões (o que equivale a R$ 10,184 por ação) e as da Rumo em R$ 4 bilhões ( R$ 3,90 por ação).Fontes afirmaram ao Estado que dirigentes da BRZ, que tem investimentos na Agrovia, estão questionando os contratos da ALL no transporte de açúcar.


Rumo e ALL estão em litígio desde outubro passado, mas o processo deve ser arquivado, caso o acordo entre as duas companhias saia. “A BRZ tem todo o interesse que as negociações entre Cosan e ALL travem”, disse uma fonte ligada aos fundos. Procurada, a BRZ não respondeu aos pedidos de entrevista.


Os termos da oferta da Cosan
Pela proposta feita pela Cosan, Rumo e seus acionistas ficam com 36,5% – Cosan terá 27,4% e os fundos TPG e Gávea, 4,56% cada. BNDESPar, braço de participações do BNDES, terá 7,69% do negócio. Os acionistas privados Wilson de Lara, Ricardo Arduini e sua esposa Júlia, somam, juntos, 7,19%.
Os fundos de pensão Previ, dos funcionários do Banco do Brasil) e Funcef (da Caixa Econômica Federal) e o BRZ (que tem como cotistas Funcef, Petros, Postalis, Forluz e Valia) ficam com 8,17%. O restante, 40,4%, é negociado em bolsa.


Farão parte do bloco de controle Cosan, TPG, Gávea e BNDESPar, braço de participações do BNDES. Os acionistas privados, além dos fundos de pensão Previ, Funcef e o BRZ ficam de fora.


Para incorporar a ALL, a Rumo terá de abrir o capital. A Cosan também vai propor aos seus acionistas cisão parcial de seus ativos, operação independente das conversas com a ferrovia. O valor potencial da nova empresa é calculado em R$ 14 bilhões, excluindo endividamento, de cerca de R$ 6 bilhões.

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