O presidente do Metrô de São Paulo, Luiz Antonio Carvalho Pacheco, terá dez dias para se manifestar sobre a paralisação que fechou 10 das 18 estações da Linha 3-Vermelha na terça-feira, 4. O prazo foi dado pelo Ministério Público Estadual (MPE), que informou, nesta sexta-feira, 7, ter reaberto um inquérito civil para investigar panes nos trens do sistema metroviário paulistano.
O promotor de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital César Dario Mariano da Silva solicitou a Pacheco cópia da licitação e do contrato de reforma da frota K de trens, a mesma à qual pertence a composição que principiou o tumulto nesta semana.
O trem K07 teve problemas de fechamento em uma das portas, o que o fez ficar parado na Estação Sé em pleno horário de pico, desencadeando lentidão por todo o ramal. Passageiros em outras composições, que ficaram paradas durante até meia hora e sem ar-condicionado, acionaram botões de emergência para sair dos vagões superlotados, levando-os a andar nas vias, o que obrigou o Metrô a desenergizá-las.
A Promotoria também quer de Pacheco o “relatório de problemas técnicos sofridos pelos trens desse lote” de 2012 até agora, “discriminando-os objetivamente de acordo com o número do trem e indicando a data do problema e a solução dada”.
Nomes de agentes públicos que contrataram a manutenção dos trens que sofreram problemas na terça-feira também terão que ser remetidos ao MPE, para análise.
Silva também oficiará o presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Altino de Melo Prazeres Júnior, para prestar esclarecimentos sobre a paralisação em dez dias.
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