MMX e MRS podem ir a tribunal arbitral

A MMX, mineradora de Eike Batista, e a concessionária MRS Logística poderão ter de resolver em um tribunal arbitral a discussão na qual estão envolvidas, desde o ano passado, sobre um contrato firme de transporte de minério de ferro. A MRS tenta cobrar uma multa da MMX por descumprimento do contrato, que tem cláusula de “take or pay” (obrigação de compra de serviço). A multa poderia chegar a R$ 1 bilhão, conforme noticiado pelo Valor no ano passado.


Ontem, em teleconferência com analistas para comentar os resultados da empresa em 2013, o presidente da MMX, Carlos Gonzalez, mencionou o assunto, dizendo que há iniciativas dos dois lados para levar o tema à arbitragem. Ele mostrou-se otimista, porém, que ainda pode ser alcançado um acordo amigável entre as partes: “Existem iniciativas nossa e da MRS sobre um acordo comercial. Acreditamos que podemos chegar a esse acordo sem ir a fundo na questão da arbitragem”, disse Gonzalez.


O valor apurou que a MRS se movimenta para constituir um painel arbitral na Fundação Getúlio Vargas (FGV). A empresa tenta fazer valer o que está escrito no contrato cobrando da MMX os volumes de transporte de minério de ferro acertados entre as partes em 2011 e que não foram movimentados, em grande parte, em função da crise no grupo de Batista, que afetou em cheio a MMX. Procurada, a MRS não se pronunciou.


Segundo fontes que conhecem o assunto, a MMX também está se precavendo. A empresa pediu a intervenção da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para garantir que no processo arbitral se preserve o seu direito de passagem na ferrovia da MRS. Toda essa discussão ocorre em momento em que Batista tenta achar compradores para a MMX depois ter conseguido vender, no ano passado, o principal ativo da empresa: o porto Sudeste, em Itaguaí, no Rio.


Ontem, na teleconferência, Gonzalez foi questionado sobre como os potenciais compradores da MMX, nacionais e estrangeiros, estão vendo a pendência relacionada ao “take or pay” com a MRS. Gonzalez disse que o investidor enxerga o tema como um problema viável de ser resolvido. Há, no mercado, quem aposte que a arbitragem pode ser resolvida em curto espaço de tempo. “A MRS precisa de volume, é uma concessionária pública, e a MMX precisa da MRS”, disse Gonzalez aos analistas.


A MMX conta com a ferrovia para escoar a produção de do projeto de Serra Azul, em Minas Gerais, hoje com capacidade de 7 milhões de toneladas por ano. A empresa tem plano de expandir a produção para 15 milhões de toneladas anuais, projeto que exigirá US$ 1,4 bilhão. “A expansão é para ter lastro para exportar”, disse Gonzalez.


No ano passado, a MMX registrou prejuízo de R$ 2 bilhões, sendo R$ 1,1 bilhão referente a baixas contábeis (“impairments”) dos projetos de Corumbá, Bom Sucesso e de parte de Serra Azul, cuja desenho foi reduzido. Também houve provisão de cerca de R$ 45 milhões referente ao “take or pay” com a MRS. Pelo acordo entre MMX Sudeste Mineração, subsidiária da MMX, e a MRS, em dezembro de 2011, a prestação de serviço ferroviário fixava transporte de 36 milhões de toneladas de minério de ferro por ano das minas da MMX em Serra Azul até o porto Sudeste, em Itaguaí. O volume seria alcançado em 2016.

Borrowers who would look cash advance payday loans their short terms. payday loans

It is why would payday cash advance loan want more simultaneous loans. payday loans

Payday lenders so why payday loans online look at.

Bad lenders will be payday loans online credit bureau.

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*