CSN quer garantir 9% do mercado de aço vergalhão

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), quarta maior fabricante de aço do país em volume de produção, acaba de estrear no setor de aços longos e quer garantir uma fatia expressiva desse mercado. A empresa já iniciou a venda de vergalhões, produto usado na construção civil, e busca uma estratégia de atuação casada desse produto com o de cimento.


O objetivo é dominar cerca de 9% das vendas de vergalhões no país, informa Luiz Fernando Martinez, diretor-executivo da CSN, responsável pela área comercial de aços planos, longos e também de cimento. O executivo, há 12 anos na companhia, estima que o mercado nacional de vergalhão vai alcançar 4,5 milhões de toneladas neste ano.


A empresa investiu R$ 1,6 bilhão na fábrica de aços longos instalada em Volta Redonda (RJ), no mesmo site da atual usina de aços planos. Essa siderúrgica tem capacidade de 500 mil toneladas – 400 mil de vergalhões e 100 mil de fio-máquina, produto usado em aplicações industriais diversas, como pregos, arames, parafusos, clipes e cercas.


A CSN estima comercializar neste ano 150 mil toneladas do produto e operar à plena capacidade em 2015. Segundo o diretor, até o fim de junho a empresa recebe do órgão responsável, o Inmetro, a homologação de todas as especificações de vergalhões.


O mercado alvo da CSN são as regiões Sudeste e Sul, almejando também fatias do Nordeste. É nesse eixo que são consumidos 90% dos aços longos no país. No mercado de fio-máquina, que movimenta 3 milhões de toneladas ao ano, a CSN vai buscar nichos de aplicações mais nobres.


A companhia vai enfrentar nesse segmento tradicionais grupos com atuação no país em aços longos – Gerdau, ArcelorMittal e Votorantim. Além deles, a Sinobrás, do grupo Aço Cearense, um novo entrante em Pindamonhangaba (SP) e material importado.


Mas diz não estar preocupada. “A CSN tem uma tradição em fabricar aço e é uma das empresas mais integradas em logística ferroviária e portuária, em minério de ferro e gera energia, o que lhe garante vantagens competitivas”, diz Martinez. O plano da empresa é usar sua rede de clientes já formada para a distribuição de cimento e casar a venda de aço longo nos mesmos pontos de comercialização do varejo. Quer também atuar diretamente com grandes construtoras.


A empresa aposta nisso, pois são dois produtos do mercado da construção civil. “A CSN caminha para ser um grande player no setor da construção, oferecendo aços longos e cimento no ponto de venda”, diz Martinez. Com aços planos, a companhia já comercializa galvalume, telhas, aço-pré-pintado, perfis e pisos.


A CSN terá ações de marketing nos pontos de venda e uma agência de propaganda, a Fischer, já preparou uma campanha institucional destacando sua entrada agressiva e a ação casada de aço longo e cimento no mercado.


Para escoar a produção, que sairá de Volta Redonda, a siderúrgica vai recorrer ás ferrovias da MRS e VLI e ao transporte de caminhões. Para agregar valor ao produto, vai usar dois centros de serviços e de distribuição próprios – um em Mogi das Cruzes (SP) e outro em Contagem (MG). Nesses locais, vai fazer serviços de corte e dobra de vergalhão, entregando o produto pronto para aplicação na obra. Cerca de 40% das vendas de vergalhão no país hoje já são feitas nesse formato.


A meta é agregar valor ao aço, investindo na maior elaboração do produto com serviços, chegando à fabricação de materiais como treliças, telas e outros que Gerdau e Arcelor já fazem.


O diretor diz que serão feitas também parcerias com os atuais distribuidores. “Nossa estratégia será a de vender o vergalhão por metro e o cimento por quilo”. Ele aposta em uma sinergia forte com o varejo – diz contar com uma carteira de dez mil clientes.


Em fio-máquina, o alvo são mercados mais nobres. “Nosso produto será fabricado com placas de aço oriundas da usina de aço plano. Não levará sucata. Com isso, o produto poderá ser usado na fabricação até de cordonéis de aço (steel cord) na indústria de pneus”, diz o diretor.


A divisão brasileira de aços longos da CSN deverá agregar faturamento anual de R$ 1,5 bilhão quando estiver à plena capacidade de 500 mil toneladas. Desde fevereiro de 2012, a empresa comandada por Benjamin Steinbruch já atua nesse segmento com a alemã SWT, que é especializada em perfis e está apta a fazer 1,1 milhão de toneladas ao ano.

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