Programa de ferrovias começa a superar indefinições

Considerado a primeira política pública estruturada para o setor ferroviário, o Programa de Investimentos em Logística (PIL) começa a superar indefinições e incertezas para poder deslanchar suas primeiras concessões neste segundo semestre, avaliam empresários e representantes governamentais.

Os trechos de Lucas do Rio Verde (MT)-Campinorte (TO) e Açailândia-Vila do Conde (PA), no total de 2,6 mil km, tidos como prioritários por ser importantes vias de escoamento da produção agrícola do Centro-Oeste, já estão com estudos adiantados, aguardando publicação de edital nos próximos meses. O valor do investimento é de R$ 4,7 bilhões, com prazo de cinco anos para início de operação. Outros seis trechos, de 7,4 mil km, esperam manifestação dos interessados para elaboração de estudos de engenharia e preparação dos editais de concessão.

“Acho até que o setor empresarial demorou a compreender o modelo de concessões do PIL. Mas, depois de diálogo do governo federal com a iniciativa privada, houve algumas mudanças importantes como a taxa de retorno do investimento privado e um modelo de negócio mais estruturado para as ferrovias”, destaca Gustavo Bambini, presidente executivo da Associação Nacional de Transporte Ferroviário (ANTF).

“Eu sou otimista”, ressalta o executivo. “Agora com esse interesse de investidores chineses (China Railway Construction Corporation) de se associarem a uma construtora brasileira (Camargo Corrêa) e também do interesse da estatal russa (Russian Railways International) de se unir à brasileira Progen para criar uma empresa visando explorar futuras concessões de ferrovias, acho que esse programa vai se acelerar a partir do segundo semestre”, diz Bambini. “Há movimentações importantes do setor empresarial no sentido de se articular para participar do modelo atual de concessões”, afirma.

A experiência bem-sucedida do setor privado na administração de ferrovias brasileiras, a partir de 1997, na primeira fase de concessões, justifica o empenho e o apoio do empresariado ao novo modelo, que prevê investimentos de R$ 99,6 bilhões na construção e melhoria de 11 mil km de linhas férreas, de acordo com estudos da ANTF. Ao longo dos últimos 17 anos, as concessionárias brasileiras investiram mais de R$ 38 bilhões em novas tecnologias, capacitação profissional, compra e reforma de locomotivas e vagões, melhoria das operações ferroviárias e recuperação da malha.

Uma única concessionária, a América Latina Logística (ALL), investiu mais de R$ 12 bilhões em recuperação, melhorias e ampliação da malha ferroviária desde o início das concessões, em 1997. Os números da ANTF mostram que os investimentos tiveram resultado positivos: 94% de aumento na movimentação de cargas; 119% de crescimento da produção ferroviária; 173% de aumento na quantidade de empregados e 77% de redução no número de acidentes.

Atualmente, o sistema ferroviário brasileiro totaliza 30.051 km de extensão e é composto por 12 malhas concedidas, sendo 11 à iniciativa privada. O governo federal, através de investimentos diretos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), realiza obras em duas importantes ferrovias: a Norte-Sul (FNS), e a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol). Com 1.527 km de extensão, a Fiol estabelecerá comunicação entre Ilhéus, Caetité e Barreiras, cruzando o Estado da Bahia até chegar a Figueirópolis, no Tocantins, ponto de sua interligação com a FNS. Terá capacidade para transportar 40 milhões de toneladas ao ano. O trecho que está em obras tem 1.027 km, entre Ilhéus e Barreiras, com investimento de R$ 6 bilhões. Mas só fica pronto em 2016.

 

Borrowers who would look cash advance payday loans their short terms. payday loans

It is why would payday cash advance loan want more simultaneous loans. payday loans

Payday lenders so why payday loans online look at.

Bad lenders will be payday loans online credit bureau.

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*